Em 25 de maio, em Minneapolis, EUA, quatro policias prenderam George Floyd por conta de uma suposta nota falsa de 20 dólares. Enquanto estava algemado, três deles o jogaram no chão e asseguraram que o oficial Derek Chauvin o sufocasse por cerca de oito minutos, mesmo após a vítima ter claramente perdido a consciência, assassinando-o em público.
A violência policial nos EUA é um dos pilares de sustentação de um Estado que costumeiramente agride para manter o poder. Tendo causado e estando envolvido em incontáveis operações de guerras imperialistas, este Estado bombardeia civis e comete saques por toda a periferia do sistema capitalista, aterrorizando o planeta e seus habitantes; especialmente os pretos, indígenas e populações pobres.
A estratificação social na sociedade estadunidense (na qual uma pequena elite detêm parte esmagadora das riquezas do país, onde milhares de trabalhadores são mortos devido às suas condições de trabalho) tornou-se ainda mais flagrante durante a pandemia, onde a maioria daqueles que perderam suas vidas são provenientes das classes mais baixas, os mais pobres, os mais excluídos, os mais reprimidos.
Pessoas dessas comunidades com marcadores raciais e socioeconômicos têm enchido as ruas de centenas de cidades nos Estados Unidos nos últimos dias, protestando e entrando em atrito com a polícia, construindo barricadas, incendiando delegacias, destruindo símbolos capitalistas. Esses são os milhares de revoltosos que estão atacando de volta (indignados com a violência racista e assassina do aparato repressor estatal, com as sufocantes condições de exploração e repressão a que são submetidos), desafiando as forças policiais, a guarda nacional e o exército, todos nas ruas sob ordens de Donald Trump, ordens essas para espalhar o terror por meio de prisões, balas de borracha e assassinatos de manifestantes que ousaram e levaram a batalha até o “coração da besta”, contra o Estado e a brutalidade capitalista.
Ao lado das pessoas revoltadas nos Estados Unidos erguem-se milhares de outros povos que também em estado de luta, do México ao Brasil, passando pela Grã-Bretanha, França, Bélgica, Grécia, Palestina e Israel, acompanhando o crescente de revolta estadunidense e lutando conta a violência, repressão, racismo, pobreza, empobrecimento e exploração. Das demonstrações e embates de rua em nome de George Floyd e todas as outras vítimas assassinadas pela polícia dos EUA, aos confrontos no México após o assassinato de Giovanni López nas mãos da polícia em decorrência de não estar de máscara, passando pelo Brasil onde se marcha contra as políticas fascistas e genocidas do governo Bolsonaro, às lutas comuns de israelenses e palestinos contrários às políticas do governo Netanyahu responsáveis por sustentar o apartheid moderno no qual o jovem Yihad Elkhalak é apenas uma das últimas vítimas, chegando à remoção de símbolos escravistas que dominam as ruas da Grã-Bretanha e aos conflitos sociais que continuam a escalar nas ruas da França apesar da crescente violência usada pelas forças repressoras do Estado.
Esses são nossos irmãos e irmãs de classe que lutam para sobreviver em cada canto do mundo contra a pandemia, e que levantam seus punhos contra a violência brutal usada pelo Estado em nome do capitalismo, enviando uma mensagem de solidariedade para com todos aqueles que resistem. Eles são os reprimidos e explorados que jogam luz sobre o caminho da resistência, aqueles que mantém viva a revolta e a batalha pelo fim do capitalismo e do Estado, em nome de uma sociedade baseada em solidariedade, igualdade e liberdade.
SEM JUSTIÇA: SEM PAZ!
NENHUM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL ENQUANTO EXISTIREM O ESTADO E O CAPITALISMO!
LUTE POR REVOLUÇÃO SOCIAL GLOBAL!
FAO (Federation for anarchist organizing, Eslovênia & Croácia)
FAIt (Italian Anarchist Federation, CRInt-FAI)
APO (Anarchist Political Organisation – Federation colectivs – Grécia)
FA (Fédération Anarchiste, França & Bélgica)
FAM (Federación Anarquista de Mexico)
FAIb (Federación Anarquista Ibérica)
FLA (Federación Libertaria Argentina)
AF (Anarchist Federation – Grã-Bretanha)
Tradução > AnarcoSSA
agência de notícias anarquistas-ana
Abre o camponês
sulcos de arado na terra:
no seu rosto rugas.
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!