Na noite de domingo para segunda, atacamos a estátua de David de Pury com tinta vermelha-sangue.
Enquanto em toda parte do mundo estátuas de colonizadores e escravocratas estão caindo, David De Pury ainda está no centro de Neuchâtel. Em 8 de junho, foi lançada uma petição para retirar a estátua do homem que fez fortuna com o tráfico de escravos e sua exploração. De Pury era acionista da empresa Pernambuco e Paraíba, que deportou 42.000 escravos da Angola para o Brasil. Além de lucrar com o comércio de escravos, De Pury se enriqueceu com o comércio de madeira brasileira. Ele também esteve envolvido na criação de colônias na América do Norte, onde vendeu escravos. Entre 1450 e 1850, 1 milhão de soldados suíços foram enviados para dominar revoltas de escravos. Embora a Suíça não tivesse colônias, ela desempenhou um papel central no funcionamento do sistema escravista e se beneficiou enormemente com isso.
Para aquelas pessoas que pensam que tal estátua deve ser guardada em um museu, dizemos que sim, mas não sem o vermelho que simboliza o sangue dos escravos. Em algumas semanas de revoltas nos Estados Unidos, o movimento Black Lives Matter ganhou a condenação pelo assassinato de Derek Chauvin, o policial que assassinou George Floyd, a acusação de seus três colegas, a reabertura do caso do policial que assassinou Breonna Taylor e o início da mudança estrutural da polícia de Minneapolis. Esta é a prova de que quando você luta, você pode vencer! Essa luta permitiu aos negros recuperarem o poder em suas próprias mãos.
Destruir as estátuas dos escravos é importante, mas não podemos esquecer que a riqueza dos estados europeus de hoje provém do roubo de terras e da extração de sua riqueza. É este mesmo processo que é responsável pela catástrofe ecológica em que nos encontramos hoje.
Afirmar que vidas negras são importantes significa lutar para mudar um sistema fundamentalmente racista. Um a um retiraremos os símbolos dos escravocratas e de todos os outros opressores e ergueremos monumentos a todos aqueles que lutaram contra o colonialismo.
Tradução > Estrela
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!