Ativistas antirracistas derrubaram neste domingo (26/07) a estátua de Josefina de Beauharnais (1763-1814), primeira esposa de Napoleão Bonaparte, na Martinica, território da França no Caribe.
Vídeos compartilhados em redes sociais mostram um grupo de manifestantes usando cordas para derrubar a estátua. Em seguida, sob gritos de comemoração, os ativistas pisam sobre o monumento.
O ato, ocorrido na cidade de Fort-de-France, faz parte de uma série de protestos contra o passado colonial e escravocrata da França, na esteira de outras manifestações semelhantes que se seguiram ao assassinato de George Floyd, em maio, nos Estados Unidos.
Nascida na Martinica e filha de uma família francesa que fez fortuna a partir do cultivo de cana-de-açúcar em terras caribenhas, Josefina foi considerada imperatriz da França ao se casar com Napoleão e teve o título mantido mesmo após o divórcio.
Napoleão, por sua vez, foi o responsável por reintroduzir a escravidão nas colônias francesas a partir de 1802, depois que a prática foi banida pela Revolução Francesa.
A estátua construída em homenagem a Josefina de Beauharnais foi decapitada em 1991 e, desde então, nunca foi reconstruída.
Na semana passada, ativistas usaram as redes sociais para pedir às autoridades de Martinica que removessem monumentos ligados ao passado escravocrata do território. Caso contrário, diziam, eles mesmos os removeriam.
Além da estátua da imperatriz, os manifestantes também derrubaram, neste domingo, uma escultura de Pierre Belain d’Esnambuc, comerciante francês que estabeleceu a primeira colônia permanente na Martinica no século 17.
Desde o início de junho, uma onda de questionamentos impulsionada pelos protestos após o assassinato de George Floyd, em Minneapolis, transformou em alvo estátuas de figuras históricas consideradas racistas.
Fonte: agências de notícias
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Rosa Clement
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!