Na manhã de segunda-feira, 17 de agosto, policiais invadiram e despejaram a okupação Terra Incognita em Tessalônica (na Grécia) que estava okupada desde fevereiro de 2004. Um espaço político que se destaca nesta sociedade como um espinho na sua “normalidade”. Uma estrutura aberta a todos os indivíduos e grupos marginalizados e oprimidos desta sociedade. Um espaço onde camaradagem, amizade, coletivos e política desde baixo foram criados e tiveram participação. Era um importante centro de luta do movimento anarquista na cidade.
O que está a acontecer na Grécia e noutros lugares não nos surpreende, este dogma de “lei e ordem” que tenta ser implementado pelo regime da Nova Democracia [governo conservador grego] não é algo novo. Vemo-lo como um procedimento aberto de um ataque contínuo desde “cima”, que pertence à agenda de todos os Estados em todo o mundo. Reconhecemos que os Estados assumem globalmente uma posição autoritária contra os nossos espaços. É um ataque às nossas estruturas anarquistas e auto-organizadas também aqui em Berlim com ameaças contínuas de despejo aos nossos projetos de casa, bares coletivos e bairros autônomos.
Onde quer que seja no mundo, um ataque às nossas estruturas não permanecerá em silêncio. As okupações para nós são as maiores partes da nossa luta contra a gentrificação, o turismo, que serve para o lucro do capitalismo e a “limpeza” dos nossos bairros. Lugares que são contra a chantagem dos patrões e a repressão dos polícias, a implementação da auto-organização, lugares de libertação da tirania do Estado, do capital e do patriarcado. Uma ferramenta importante para o movimento anarquista, a fim de se organizar coletivamente e lutar por uma sociedade baseada na igualdade, solidariedade e liberdade.
Todo despejo tem o seu preço! Enviamos as nossas saudações solidárias e muita força à Terra Incognita.
Com amor e raiva, [okupa] Rigaer 94
Tradução > Ananás
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