[Chile] Força e solidariedade concreta com os companheiros Juan Aliste e Marcelo Villarroel

Os cárceres são as estruturas que buscam inibir o ato de qualquer pessoa que saia das condutas próprias do Estado, castigo, imposição e disciplina é o regime que tem que viver qualquer cativo, buscando que eles anulem suas ações, ideias e convicções. Estas ações podem ser “delitivas” como aquelas que desafiam a ordem sob uma opção política revolucionária.

É por isso que hoje, através destas letras, queremos apoiar alguns companheiros que resistem com dignidade no Cárcere de Alta Segurança em Santiago do Chile, nos referimos a Juan Aliste Vega e Marcelo Villarroel Sepúlveda, prisioneiros subversivos autônomos e libertários.

Os companheiros hoje se encontram cumprindo condenação por uns assaltos bancários, um deles culminou com a morte de um paco [polícia] no dia 18 de outubro do ano de 2007.

Naquele último fato que se desenrolou em 18/10/2007 no centro de Santiago, rapidamente os pacos através da imprensa os acusam como autores, levantando seu passado de combate contra a ditadura do tirano Augusto Pinochet, já que Juan e Marcelo haviam pertencido à guerrilha urbana do MAPU-LAUTARO, organização combatente naqueles tempos no Chile. Ambos passaram mais de 10 anos na prisão por ações subversivas que tiveram grande repercussão, pelo que, para o Estado, os políticos e a inteligência policial, Juan e Marcelo não são desconhecidos.

Os companheiros passaram à clandestinidade e foram detidos em território argentino, Marcelo em 15 de março do ano de 2008 em San Martín dos Andes (junto a outro companheiro que já está fora da prisão) e foi condenado por porte de arma de guerra, esteve um tempo encarcerado na U11 de Neuquén, mantendo uma luta por refúgio político sob uma longa greve de fome, onde finalmente foi expulso para o Chile. Enquanto Juan foi detido em 10 de julho do ano de 2010 no terminal de ônibus de Retiro em Buenos Aires e foi expulso de imediato para o Chile.

Juan foi condenado a 42 anos de prisão. Enquanto Marcelo a 14 anos de prisão, mas ele na atualidade não pode obter benefícios carcerários já que o impede a lei retroativa 321 que está vigente (apesar da luta que se deu dentro e fora dos cárceres no ano de 2019), ademais Marcelo tem várias condenações anteriores por ações da guerrilha urbana do MAPU-LAUTARO, condenações que finalizam em 28 de fevereiro do ano de 2056.

Finalmente, a menos de um mês de completar 1 ano da revolta que se deflagrou no território chileno coincidindo com estes fatos de quase 13 anos. Propagamos uma vez mais esta história de combate e prisão política destes companheiros que não pararam – e não pararão – de contribuir com a luta autônoma e antiautoritária nas ruas e atualmente dentro do cativeiro.

Por último, e como já é sabido, este 18 de outubro de 2020 todos sairemos às ruas para comemorar com todas as formas de ação possível esta nova data de memória, resistência e subversão.

PREPAREM-SE!!
QUE TREMAM OS/AS PODEROSOS/AS!!
A 1 ANO DA REVOLTA: SIGAMOS PROPAGANDO O CAOS E A ANARQUIA!!
PACO MOYANO BEM MORTO ESTÁS!!
FORÇA AOS/AS PRESOS/AS DE LONGA CONDENAÇÃO!!
JUAN ALISTE E MARCELO VILLARROEL PARA A RUA!!
ENQUANTO EXISTA MISÉRIA HAVERÁ REBELIÃO!!

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

Brisa ligeira
A sombra da glicínia
estremece

Matsuo Bashô