No ano de 88 no mesmo dia que triunfante o plebiscito deixava assegurado os privilégios dos ricos e dos partidos, o povo saiu às ruas para celebrar por uma alegria que nunca chegaria.
A repressão deixou claro nessa mesma tarde que sua ofensiva contra os que lutam continuaria e, de forma seletiva, é assim que é assassinado por uma covarde bala policial em Las Rejas com Alameda o menino e combatente de Villa Francia Luis Alberto Silva Jara “o Chaka”, a democracia chegava com as mãos manchadas de sangue.
Nos anos seguintes o poder se enfureceria contra as organizações que continuaram a luta assassinando e encarcerando seus militantes e cortando todo laço e instância social destes com a população.
No presente, exatamente há um ano que o povo despertou da letargia democrática e neoliberal, as portas de um novo processo eleitoral o qual muitos acreditam que é um avanço que dá a possibilidade de melhorar nossas condições de vida, a repressão deixa claro que continuará assassinando e atacando a todos aqueles que queiram continuar enfrentando-os nas ruas.
Para o poder já não há motivos para seguir protestando e atuará com toda a brutalidade necessária contra os que continuem nesse caminho.
Ontem foi o “Chaka”, a Norma Vergara, o Papi, a menina Claudia, o Matias Catrileo, Johnny Cariqueo e tantos mais, hoje é Anthony¹, que é covardemente agredido pelos sicários da burguesia com intenção de morte. Juventude combatente Insurreição permanente!!!
É necessário e urgente preparar-se porque o processo iniciado em outubro não se deterá, a batalha pela dignidade recém começa. As lições de um passado recente nos devem brindar as respostas e as vias que devemos tomar para nos defendermos e continuarmos a luta para mudar realmente nossas condições de vida.
A organizar-se com solidariedade e autonomia à margem da política dos ricos e seus partidos para recuperar nossas vidas.
A LUTA DEVE CONTINUAR E AGUDIZAR-SE PORQUE O SANGUE, OS OLHOS E A LIBERDADE DOS QUE LUTAM NÃO DEVE SER EM VÃO.
FORÇA ANTHONY!!!
Grupo de Propaganda Revolucionária – La Ruptura.
Nota:
[1] Na última sexta-feira (02/10), em meio a uma manifestação em Santiago, um carabineiro (policial militar) empurrou Anthony Araya, um jovem de 16 anos, de uma ponte sobre o rio Mapocho. O jovem fraturou os pulsos e teve traumatismo craniano, tendo de se submeter a uma cirurgia.
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Na caixa postal
a mão sente a queimadura:
taturana presa.
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!