Na sexta-feira, 2 de outubro, os Carabineiros de Controle da Ordem Pública – a polícia política do atual regime – atiraram um adolescente da ponte Pio Nono, causando sérios ferimentos em várias partes de seu corpo. Isto foi parte de uma série de ações repressivas de natureza criminosa que toda a população testemunhou desde o início da revolta. Estas não são as ações criminosas de funcionários individuais, mas da instituição como um todo. Os Carabineiros do Chile, como o exército, são instituições cuja finalidade é a defesa armada da ordem capitalista. São instituições que não têm nenhuma reforma possível, já que sua essência é a defesa violenta dos interesses da classe dominante. Portanto, não é suficiente exigir a demissão de seus líderes mais visíveis: é necessário abolir a instituição como tal.
Atirar uma criança de 16 anos de idade de uma ponte NÃO tem outra justificativa a não ser perpetuar a ordem atual através do terror. A duas semanas do plebiscito acordado pela casta político-empresarial para salvar o governo Piñera, esta ordem – como se não houvesse mais provas – é mais uma vez mostrada pelo que realmente é: a ditadura democrática do capitalismo. Independentemente da vitória previsível da opção “eu aprovo”, haverá um governo que é tão ou mais criminoso, que se dedicará a pôr fim ao trabalho repressivo do regime atual e a lançar as bases para perpetuar o sistema com um Estado terrorista reforçado através de ações como as de ontem e, além disso, com a perseguição e prisão dos opositores deste sistema criminoso.
Justiça, tanto para este caso como para todos aqueles que foram mortos ou mutilados desde outubro, significa a abolição prática das condições materiais e históricas que dão a um ser humano poder sobre a vida de todos os outros.
A polícia é um assassino armado do capitalismo!
Abolição da polícia!
Libertem todos os presos políticos!
Sem pactos, sem plebiscitos com nossos assassinos e exploradores!
Revolução social!
Vamos à vida
Fonte: https://hacialavida.noblogs.org/memoria-y-solidaridad-contra-la-impunidad/
Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!