
Não havia viagem confederal que passasse pela Cidade do México que não fosse para a Biblioteca Social Reconstruir para encontrar-se com Tobi. Com seu indescritível sorriso e amabilidade nos mostrava a grande quantidade de revistas, livros e cartazes que enchiam a Biblioteca e a história do anarquismo no México.
O último encontro que tivemos com ele foi em janeiro de 2019 e ali nos mostrava as revistas das e dos exilados que chegavam ao México após o golpe de estado franquista como a revista IPANEMA que se editava no mesmo barco rumo ao continente americano, ou a Revista Blanca ou os periódicos da CNT com espaços vazios em sua capa porque não haviam passado na censura republicana durante a Guerra Civil. Tobi nos contava que quando chegavam ao México estranhavam que ao invés de vir com meios de subsistência, chegaram carregados de livros, revistas e cartazes.
É que Tobi era uma biblioteca em vida, mas não se fechava entre os documentos, Tobi participava nas mobilizações e apoio ao movimento sindical. Não esqueceremos as histórias que nos contava na resistência contra a repressão sindical nas empresas e nos centros educativos.
Tobi, esta maldita pandemia te arrebatou a vida e já não poderemos continuar nos encontrando em nossa passagem pela Cidade do México. Desde a CGT, não esqueceremos o incalculável trabalho documental que realizastes estes anos, teu exemplo como militante anarquista e sobretudo tua amabilidade e sorriso.
Enviamos um abraço a todos os amigos e familiares que sentem como nós a tua perda.
Que tal terra te seja leve, companheiro.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Ao longo da estrada:
“A próxima descida trará
Mais quaresmeiras em flor!”
Paulo Franchetti
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?