Diante da morosidade do Poder Público e sob constantes invasões, na madrugada desta sexta-feira, 30 de abril, o povo Mbya Guarani decidiu agir para retomar parte do território tradicional. Durante a retomada, destruíram cercas e barracos de invasores instalados no tekoa – lugar onde se é – Pindo Poty, localizado no Bairro Lami, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Há semanas indígenas têm exigido e aguardam as providências legais do Ministério Público Federal (MPF) e da Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre as invasões, que não têm sido coibidas pelas autoridades e, por conta disso, têm se intensificado. O desmatamento e loteamento do território indígena são as consequências mais diretas deste problema.
Segundo informações dys Mbya Guarani, enquanto se reuniam com o MPF nesta quinta-feira (29/04), do outro lado da Terra Indígena, invasores desmataram e lotearam mais uma parte da tekoa. A situação, então, se tornou ainda mais inaceitável para ys indígenas.
“O que vemos são os invasores avançando sobre o território tradicional. Por isso, nos levantamos com a força da reza, do canto e também com a proteção de bordunas, arco e flecha. Fomos até o local da invasão e derrubamos as cercas, as casas e decidimos acampar no local”, relata liderança do povo Mbya Guarani.
Depois da edição deste vídeo, o Ministério Público informou que ajuizou duas ações relativas à aldeia Pindo Poty: uma contra a FUNAI pela demora na demarcação das terras e outra relativa à reintegração de posse.
Ainda aguarda-se decisão da Justiça.
Registros das imagens e áudio:
Coletivo CineNaTekoa: https://www.youtube.com/channel/UCtoEiUN066_y6c17r6V9YAg
Deriva Jornalismo: https://derivajornalismo.com.br/
>> Veja o vídeo (03:32) aqui:
https://kolektiva.media/videos/watch/9e24f680-6d14-437b-8954-d02a7d4b3b60
Conteúdo relacionado:
agência de notícias anarquistas-ana
Sol no girassol.
Sombra desenha outra flor
no corpo dourado.
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!