Uma Perspectiva Anti-Imperial por um Veterano da Ocupação dos EUA
A velocidade com que o Talibã recapturou o Afeganistão antes da retirada dos Estados Unidos ilustra o quão frágil é a hegemonia do império estadunidense: quanta força é necessária para mantê-lo e como tudo pode mudar rapidamente quando essa força for retirada. Isso nos oferece um vislumbre de um possível futuro pós-imperial — que não parece muito promissor. Como a ocupação impactou o povo do Afeganistão? Por que o Talibã conseguiu reconquistar tanto território tão rapidamente? O que a retirada dos EUA e suas consequências nos dizem sobre o futuro e como podemos nos preparar para isso?
A Guerra ao Terror, assim como a Guerra Fria antes dela, forçou populações inteiras a escolher entre dois pólos que se odiavam mutuamente, tornando difícil imaginar qualquer alternativa à escolha entre impérios capitalistas globais e autoritarismo local. No longo prazo, seja qual for sua promessa, o militarismo colonial não pode controlar o nacionalismo, o fascismo ou o fundamentalismo — apenas dá uma razão para extremistas recrutarem novos membros. A questão é como alimentar redes globais de auto-organização popular que possam criar uma alternativa real a esse cenário.
Na análise a seguir, um ex-militar veterano da ocupação dos EUA no Afeganistão discute essa derrota para o projeto imperial dos EUA — situando o Talibã, a ocupação e suas consequências no contexto de uma onda mundial de fascismo e fundamentalismo que também está ganhando terreno no Estados Unidos e no mundo.
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