A crise econômica desencadeada pela pandemia em 2020 está servindo como um álibi para saquear direta e indiretamente as classes trabalhadoras.
Diretamente através do aumento contínuo dos preços da energia, tais como a luz, o gás ou o combustível e também de alimentos básicos ou produtos de higiene, enquanto os salários são mantidos estagnados e somos solicitados a apertar o cinto.
Indiretamente, o Estado mantém uma pressão fiscal desproporcional sobre a classe trabalhadora, que suporta a grande maioria de suas despesas supérfluas e antissociais – alguns exemplos:
• Ampliações desnecessárias de infraestruturas, tais como aeroportos nas principais capitais.
• Ajuda indiscriminada aos patrões pró-escravidão (modulável como “contrária à lei trabalhista”) como os patrões agrícolas ou de hotelaria.
• Transferências milionárias para multinacionais de energia e telecomunicações desde a UE como fundos next-generation UE.
• A maquinaria militar e repressiva, como a utilizada para deportar ilegalmente e em massa menores para a ditadura marroquina.
Nos próximos meses, os preços de múltiplas mercadorias ameaçam aumentar ainda mais devido a problemas nas cadeias globais de fornecimento. Não vamos ficar parados enquanto as instituições protegem aqueles que lucram com esta situação e enquanto as famílias que trabalham pagam contas cada vez mais altas:
• Exigimos uma verdadeira eliminação das expulsões dos imóveis. Exigimos controles de preços sobre os aluguéis. Não permitimos que os rentistas e especuladores mantenham seus lucros injustos.
• Exigimos a intervenção do Estado para forçar a queda dos preços da energia, a intervenção no mercado de gás e os lucros dos monopólios de transporte e distribuição de eletricidade, como medidas urgentes – enquanto se aguarda uma reforma profunda e socialmente significativa do setor energético.
• Exigimos uma paralisação nos gastos dos fundos europeus de reconstrução, ajuda econômica aos setores afetados pela pandemia e investimentos em infraestrutura a serem alocados ao sistema de saúde e ao sistema público de ciência e pesquisa.
• Exigimos a melhoria da Renda Mínima Vital (IMV) para torná-la o benefício universal que deveria ser, sem os atuais obstáculos burocráticos.
Denunciamos o aumento constante do custo de vida!
Denunciamos a estagnação dos salários!
Denunciamos que o Estado protege os interesses das minorias mais perigosas: grandes empresas e empregadores, rentistas, bancos e monopólios de energia!
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!