O Ministério Público está investigando o incidente no sul do país. A Delegada Presidencial, Giovanna Moreira, apresentou uma reclamação invocando a Lei Antiterrorista.
Um grupo anarquista chamado “Negra venganza, Núcleos de Melipulli José Huenante” reivindicou a responsabilidade pela instalação de um dispositivo explosivo que detonou fora do quartel da Oitava Delegacia de Controle da Ordem Pública de Carabineros em Puerto Montt. O incidente ocorreu na noite de quarta-feira, 25 de maio.
A organização divulgou as informações através de sites e redes sociais. Eles declararam que “na noite de 25 de maio de 2022, deixamos uma surpresa explosiva na delegacia de polícia das forças especiais de Melipulli”.
A carta também se refere ao fato de o evento estar relacionado ao desaparecimento de José Huenante, que ocorreu em 2005. “Quase 17 anos se passaram desde aquela noite, quando José Huenante, um jovem Mapuche desaparecido pelos Carabineros do Chile, foi levado embora. Quase 17 anos se passaram e hoje, em um gesto de memória e vingança, estamos atacando um de seus esconderijos”, diz parte do comunicado.
“Sabemos que nenhum dos envolvidos no desaparecimento de José trabalha nesta delegacia, mas ela faz parte da nefasta instituição”, disse a declaração do grupo anarquista.
Procuradoria seguirá com trabalhos de investigação
O promotor Marcelo Maldonado explicou que a investigação está em andamento e que a atribuição do ataque não significa que a investigação esteja encerrada.
“É importante notar que se um ataque é assumido, não é isto que nos faz, como Ministério Público, estabelecer a participação. Ao contrário, como já assinalamos, são os elementos científicos. As provas que podem ser extraídas da análise que o pessoal especializado realizou no local”, disse o promotor Maldonado.
“Como resultado, equipes especializadas dos Carabineros de Santiago estão apoiando a investigação do Ministério Público, a fim de identificar e localizar aqueles que instalaram e detonaram um dispositivo explosivo”, disse o General Carlos López González, chefe de zona dos Carabineros.
Delegação Presidencial de Los Lagos
Por sua vez, a Delegada Presidencial Regional, Giovanna Moreira, informou que apresentou uma reclamação por este ato, apelando para a Lei Antiterrorista.
“Queremos reiterar nossa total e absoluta rejeição a qualquer ato de violência em nossa região. O Ministério do Interior apresentou uma queixa com base na Lei Antiterrorismo contra os responsáveis pelos eventos que ocorreram nas proximidades da 8ª Delegacia de Polícia em Puerto Montt. Instruímos o Ministério Público a tomar todas as medidas necessárias para esclarecer estes fatos”, disse a autoridade.
Para a representante do Presidente Boric na região, esses eventos “não constituem instâncias de diálogo em um país democrático e não são o caminho do diálogo e consenso que o país necessita”.
Fonte: agências de notícias
agência de notícias anarquistas-ana
Silêncio:
cigarras escutam
o canto das rochas
Matsuo Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!