Trabalhadores sofrem diariamente abusos e exploração enquanto a FIFA obtém enormes lucros
Por Carmen Asenjo | 16/08/2022
12 mortes por semana. Esse é o número estimado de vítimas das obras de construção sem precedentes no Qatar para a Copa do Mundo de 2022, que vem ocorrendo há mais de 10 anos.
A maioria dos trabalhadores atualmente se esforçam para construir o estádio de última geração para a Copa do Mundo de 2022 no Qatar são na sua maioria migrantes da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka que sofrem diariamente abusos e exploração, enquanto a FIFA obtém enormes lucros.
Segundo uma investigação do jornal britânico The Guardian, mais de 6.500 trabalhadores migrantes morreram desde 2010, a maioria deles, como o Qatar tenta afirmar, por “causas naturais”, evitando autópsias, embora os próprios advogados do governo tenham pedido que elas fossem realizadas em 2014.
A maioria deles não pode mudar de emprego, não pode deixar o país e muitas vezes tem que esperar meses por seus salários. Normalmente, os trabalhadores suportam acomodações superlotadas, insalubres e inseguras e alguns são forçados a viver no mesmo estádio; são feitas falsas promessas sobre os salários que receberão e seus cheques de pagamento são atrasados. Se os trabalhadores reclamam das condições ou pedem ajuda, geralmente são intimidados e ameaçados por seus empregadores. “Às vezes me pergunto se não seria melhor estar morto”, disse um dos migrantes envolvidos diante das câmeras da Anistia Internacional.
O silêncio do Qatar e da própria FIFA sobre este enorme escândalo deixa as famílias das vítimas absolutamente devastadas enquanto lutam para obter uma compensação pela morte de seu ente querido e pedem explicações sobre a situação, que geralmente ficam sem resposta.
Fonte: https://luhnoticias.es/6500-migrantes-muertos-en-las-obras-del-mundial-de-catar
Tradução > Liberto
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!