A manifestação convocada pelo sindicato CNT reuniu 10.000 pessoas em Madri para denunciar a criminalização da ação sindical e exigir a absolvição imediata das seis sindicalistas condenadas à prisão em Xixón.
Sob o lema “Fazer sindicalismo não é crime”, a CNT reuniu uma multidão de pessoas, sindicatos, associações e coletivos para defender as ferramentas legítimas de protesto social e de defesa dos trabalhadores.
O sindicato CNT reuniu 10.000 pessoas em Madri para protestar contra a condenação das seis sindicalistas da CNT de Xixón que foram condenadas a três anos e meio de prisão e 150.000 euros de multa por participarem da campanha em apoio a uma trabalhadora da confeitaria La Suiza, em Xixón. Durante a manifestação, as expressões de apoio foram repetidas: “Não há direito porque somos acusadas por defender os direitos das mulheres no trabalho”. “Graças infinitas aqueles que encheram as ruas de Madri”. “Quando a força fraqueja, a solidariedade provou mais uma vez ser essencial”. Estes são alguns dos testemunhos ouvidos nesta jornada de luta em que a classe trabalhadora encheu as ruas da capital. Com apenas uma voz, apenas uma mensagem: “Nem o Estado nem os empresários entendem que não estamos sozinhas. A solidariedade é o que costura a classe trabalhadora”.
O trajeto da manifestação começou em frente ao Ministério da Justiça na Calle de San Bernardo e terminou em frente à Glorieta de Carlos V, em Atocha. A multidão avançou pelas ruas centrais de Callao, Preciados, Sol, Jacinto Benavente e Calle Atocha sem incidentes. A jornada anarcossindical foi dominada por uma atmosfera reivindicativa e festiva.
A passeata ocorreu sob o lema “Fazer sindicalismo não é crime”, diante de uma condenação que, de fato, impossibilita a ação sindical e restringe severamente os direitos civis, como a liberdade de expressão e manifestação. A jornada foi intensamente apoiada por uma série de coletivos, sindicatos e até mesmo partidos políticos. A Plataforma de Afectados por la Hipoteca, o sindicato CGT e partidos como Podemos e Izquierda Unida estiveram presentes na manifestação.
Outras organizações tomaram parte nos discursos de apoio. “Os juízes e um governo nada progressista estão deixando que isso aconteça”. Diziam desde a Plataforma de Afectados por la Hipoteca. Enquanto desde o Bloque Combativo diziam com força: “Nós mulheres não precisamos de flores, precisamos de gasolina. Somos militantes incendiárias que não cedem à repressão. Foram as companheiras de Xixón, mas poderia ter sido qualquer uma”.
Os discursos foram encerrados pelas companheiras acusadas. O momento mais emocionante e de protesto da manifestação veio com suas palavras cheias de sentimento e raiva: “Eles tentaram isolar um pequeno grupo de pessoas, mobilizações como estas mostram que não estamos sozinhas, isto afeta todas as pessoas boas deste país”.
E que não haja dúvidas, desde a CNT dizemos alto e claro: “Agimos por um senso de justiça e solidariedade, porque acreditamos no apoio mútuo. Que ninguém esqueça, nós o fizemos por compromisso e o faremos novamente”.
O ato terminou com a leitura de manifestos apelando à solidariedade e à luta contra a repressão sindical imposta pela Lei Mordaça. A manifestação terminou com uma apresentação do cantor Miguel Grimaldo.
>> Mais fotos: https://www.cnt.es/noticias/apoyo-masivo-en-madrid-a-las-6-condenadas-de-xixon
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!