A manifestação convocada pelo sindicato CNT reuniu cerca de 10.000 pessoas na capital com o objetivo de “denunciar a criminalização da ação sindical” e exigir a “absolvição imediata” das seis sindicalistas condenadas à prisão na confeitaria Suiza em Xixón.
Em junho de 2021, seis sindicalistas – cinco mulheres e um homem – da CNT foram condenadas a três anos e meio de prisão por crimes de coação e obstrução à justiça, além do pagamento de 150.000 euros, depois de assistir aos comícios convocados pelo sindicato em frente à Confeitaria Suiza, em Gijón, com o objetivo de apontar um conflito trabalhista. Os protagonistas já definiram a frase para esta mídia como “injusta e desproporcional” e baseada “em uma história totalmente falsa e orquestrada”, e hoje milhares de pessoas em Madri os fizeram saber que não são os únicos que pensam assim.
Sob o lema “Fazer sindicalismo não é crime”, a CNT reuniu cerca de 10.000 pessoas, segundo suas estimativas, incluindo cidadãos, membros de sindicatos, associações e coletivos para “defender as ferramentas legítimas de protesto social e de defesa dos trabalhadores”, como comunicaram no balanço da mobilização, que começou esta manhã diante do Ministério da Justiça na Calle de San Bernardo para terminar diante da Glorieta de Carlos V, em Atocha.
Juan Javier Herrera, secretário geral da CNT Madrid, declarou durante a marcha que o apoio demonstrado pelo público neste caso “marca um ponto de viragem” na luta sindical. Jara, uma das condenadas à prisão, está satisfeita com o trabalho realizado e classifica o apoio que resultou deste chamado como “incrível”: “Ver tantas pessoas nos apoiando significa que quando suas forças enfraquecem, você ganha impulso e continua um pouco mais”.
Esta é precisamente a ideia que o sindicato CNT enfatizou durante o dia: “Nem o Estado nem os empregadores entendem que não estamos sozinhos. Solidariedade é o que costura a classe trabalhadora”, dizem, enfatizando a rejeição “de uma sentença que, de fato, torna impossível o exercício da ação sindical e restringe severamente os direitos civis, como a liberdade de expressão e manifestação”. A jornada foi massivamente apoiada por uma multidão de coletivos como o PAH ou o Bloco Combativo, sindicatos como a CGT e até mesmo partidos políticos como a Unidas Podemos.
A marcha, apoiada por pessoas que viajaram de toda a Espanha para protestar contra a repressão sindical e expressar seu apoio às mulheres condenadas, passou sem incidentes. A marcha terminou com discursos dos réus, que defenderam que o “senso de justiça e solidariedade” era o principal motivo das manifestações e asseguraram categoricamente que “faríamos isso novamente”.
Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!