[Grécia] 8 de março todas nas ruas

Há alguns anos, temos acompanhado as tentativas do Estado de assimilar as vozes alçadas contra o patriarcado, de desradicalizar e despolitizar a raiva dos oprimidos que ameaça suas estruturas de poder em todas as suas manifestações. Esta não é a primeira vez que o Estado e o capitalismo procuram absorver a resistência e assim tudo o que não se encaixa no molde da democracia e do feminismo institucional é atacado com violência e repressão.

Assim, hoje, ao lado da continuação das políticas de assimilação pela administração do Estado, vemos pilhas de decisões judiciais contra mulheres abusadas, com absolvições ou libertações de policiais, estupradores e cafetões (ver os casos de Kolonou e Heliópolis, o estupro na delegacia de polícia de Omonia, etc.), a intensificação da repressão às marchas feministas, a tentativa de desafiar o direito ao aborto pelos círculos conservadores e eclesiásticos, o novo projeto de lei sobre a co-participação obrigatória, estão todos acontecendo de forma coordenada e revelam a agenda de tolerância zero do governo, agora além das meras aparências. O preconceito de classe e patriarcal que o Judiciário sempre teve é agora mais evidente do que nunca.

Portanto, o 8 de março não é uma celebração. É outra ocasião para conectar com o fio condutor das lutas feministas do passado, fundamentando no presente a guerra contra o patriarcado e contra todo poder. Este ano estamos mais uma vez tomando as ruas para amarrar o direito à rebelião, com nossos olhos sempre fixos na transformação revolucionária das relações sociais.

Solidariedade com a revolta trans-feminista no Irã

CONTRA A NAÇÃO, O ESTADO, O CAPITAL, O PATRIARCADO E TODA AUTORIDADE

TEMPOS PARA VOLTAR À REBELIÃO

8 de março todas nas ruas

Quarta-feira 08 de março às 18h00 – Syntagma – Atenas

Assembleia aberta para organizar um bloco feminista anarco-queer no 8 de março

agência de notícias anarquistas-ana

O canto do rouxinol
E seu biquinho —
Aberto.

Buson