[Espanha] María Lozano Molina

Em 3 de março de 1914 nasce em Zaragoza a poetisa e militante anarquista María Gregoria Lozano Molina. Seus pais se chamavam Esteban Rufo Lozano e Ángela Molina. Quando tinha 15 anos se aproximou do movimento libertário e se relacionou por questões familiares com o grupo de ação Los Solidarios.

Também manteve contato com Miguel José e Augusto Moisés Alcrudo Solórzano através da casa de hóspedes familiar frequentada por militantes anarquistas. Em 24 de novembro de 1932 se casou civilmente em Zaragoza com o militante anarquista Ángel Mombiola Allué, com quem teve uma filha.

Em julho de 1936 participou na luta de rua contra os fascistas levantados e se apoderou momentaneamente de Alcubierre (Huesca). Logo se alistou na Coluna Durruti e mais tarde fez parte da coletividade agropecuária de Sarinyena (Huesca). Quando terminou a guerra passou à França e foi internada no campo de concentração de Galhac (Languedoc, Occitania), do qual conseguiu fugir.

Depois se integrou na guerrilha da zona da Alta Garona, junto com seu companheiro Ángel Mombiola Allué, que morreu fuzilado pelos nazis em 20 de agosto de 1944 perto de Ondas (Languedoc, Occitania). Em 1945, uma vez terminada a guerra, regressou clandestinamente à Península para encontrar sua filha. Em seu regresso, se perdeu pelos Pireneus e passou grandes dificuldades. Instalada em Toulouse (Languedoc, Occitania), sua casa se converteu em refúgio de ativistas libertários e nestes anos militou nas Juventudes Libertárias e na Confederação Nacional do Trabalho (CNT), realizando tarefas para a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT).

Também ajudou a guerrilha libertária (Francesc Sabaté Llopart) e a vários grupos autônomos de ação (MIL, GARI). Em 1972 participou na fundação do arquivo de documentação libertária Centro de Recherche sur o Alternative Sociale (CRAS, Centro de Investigação sobre a Alternativa Social) de Toulouse, que presidiu até sua morte. Participou ativamente na campanha contra a central nuclear de Golfech levada a cabo pelo coletivo Retonda.

Foi assídua de manifestações e comícios até pouco antes de seu final. María Lozano Molina morreu em 19 de fevereiro de 2000 em seu domicílio de Toulouse (Languedoc, Occitania) e cinco dias depois suas cinzas foram espalhadas no rio Garona.

ALEN

Fonte: https://cntaitpuertoreal.blogspot.com/2024/03/maria-lozano-molina.html#more

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

Flauta,
cascata de pássaros
entornando cantos úmidos.

Yeda Prates Bernis