Do contexto de Revolta.
Testemunhamos um fenômeno aparentemente imprevisível; milhares de jovens, de uma reivindicação virtualmente inócua, renunciaram ao cansaço, dando rosto à sua cotidianidade, destruindo símbolos e bandeiras, medos, mentiras e, porque não, certas modalidades. Não cabe nesse pequeno texto tentar, talvez em vão, analisar o porquê dessa situação, não acho necessário enquadrar os fatos sob superficialidades e motes de reivindicações do momento ou atribuir esta catarse a um acúmulo de situações, às vezes tudo é mais simples. Hoje sorrio alegremente com a quebra da ordem das coisas, a momentânea ruptura do status quo, do incêndio aos símbolos da mentira e da miséria, desfruto das potencialidades deste quebra. Não há necessidade de se enganar, seria uma ingenuidade acreditar que a Revolta carrega nossos valores ou política. Que depois da festa catarse o Contador das misérias da existência sustentada chegará a zero ou uma transformação anárquica inevitável, é necessário apreciar o trabalho da Revolta, desfrutar a vontade essencial que atenta contra toda a imobilidade, das chamas de uma transformação momentaneamente caótica que somente através da combustão constante é capaz de sobreviver e, assim, manter sua beleza indomável. Hoje sorrio para um regalo que ninguém me deu.
Joaquín García Chanks
24 de outubro de 2019.
Tradução > keka
agência de notícias anarquistas-ana
Calam-se as cordas.
A música sabia
o que eu sinto.
Jorge Luis Borges
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…
Mais uma ressalva: Sou pedagogo e professor atuante e há décadas vivencio cotidianamente a realidade do sistema educacional hierárquico no…
Vantiê, concordo totalmente. Por outro lado, o capitalismo nunca gera riqueza para a maioria das pessoas, o máximo que ele…
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