Neste sábado rola a 1ª Feira Anarquista de Presidente Prudente (SP)

Para nós a importância maior não reside naquilo que se consegue, pois conseguir tudo o que queremos significaria que todos aceitassem e praticassem a anarquia, o que não será feito em um dia [e] nem por meio de um simples ato insurrecional. O importante é o método com o qual se consegue o pouco ou o muito” – Errico Malatesta

Dia: Sábado, 14 de dezembro de 2024

Local: Quadra coberta – Parque do Povo

Cronograma:

– 15h00 – Abertura da Feira

– 16h00 – Palestra: Louise Michel – “Pertenço a Revolução” – @samanthalodi

– 17h00 – Saúde Mental e a Classe Trabalhadora: Raul F. Valério @psico.potencia

– 18h30 – Oficina de Fanzine: @akrataknup

– 19h30 – Ideias Coletivas: Editora Anarquista @bibliotecaterralivre

– 20h00 – Apresentações (contra)culturais

1° – Apresentação (Contra) Cultural: “Libert-Ate” @cia.cirquito

2° – Apresentação (Contra) Cultural: @manueltumarreta

3° – Apresentação (Contra) Cultural: Banda “deus morre” – @avles.sevla

4° – Apresentação (Contra) Cultural: Banda @diassonaciacrust

Contribuição voluntária: PIX: feiraanarquistapp@gmail.com

Organização: @feiraanarquistapp

Apoio: @coialibertario / @sebo_maranta / @coletivo4estacoesmusicart

CHEGUEM CEDO Y COMPARTILHEM!

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/11/13/1a-feira-anarquista-de-presidente-prudente-sp-14-12/

agência de notícias anarquistas-ana

As cores da noite
recamadas de silêncio
preparam o dia.

Eolo Yberê Libera

[Chile] Saída incendiária no Liceu 7 José Toribio Medina, Ñuñoa.

Na quinta-feira, 5 de dezembro, encapuzadxs montaram barricadas e confrontaram a polícia (COP) com coquetéis molotov do lado de fora do Liceo 7 José Toribio Medina em Ñuñoa, Santiago.

A ação incendiária foi realizada em repúdio à perseguição política dentro do estabelecimento, que levou à perseguição e expulsão de estudantes que foram ligados a ações de rua.

No local, além de tornar visível a situação descrita, xs anônimxs jogaram panfletos em memória dos companheiros anarquistas Luciano Pitronello e Belén Navarrete, mortos em agosto passado, e em solidariedade ao companheiro preso Marcelo Villarroel.

A ação terminou sem prisões.

agência de notícias anarquistas-ana

Cerejeira silvestre –
Sobre o regato se move
Uma roda d’água.

Kawai Chigetsu

[Espanha] Crônica das Jornadas Libertárias de Outono em Riópar

No último sábado, 30 de novembro, foi realizada a segunda jornada de atividades na cidade de Riópar, como parte da 5ª edição das Jornadas Culturais Libertárias de Outono, organizadas pelo Sindicato de Albacete da CNT-AIT.

Começou pontualmente às 18:00 horas, com o Encontro de Editoras e Livrarias Autogestionárias da província, na Biblioteca Municipal, com a exposição de um grande número de obras, incluindo os títulos das últimas publicações da Editorial Aurora Negra, La Neurosis ou Las Barricadas, Ediciones Sergio Urrego, Descontrol, entre outras.

As iniciativas que participaram do Encontro foram a Editorial Anarcosindicalista Aurora Negra, a Librería Anarquista Ruta a la Libertad, da CNT-AIT Hellín, e a Librería Anarquista Mirando hacia el Futuro, da CNT-AIT Albacete. Esse tipo de reunião também tem o objetivo de incentivar os companheiros em nível local a trabalhar nessa direção, para retomar o trabalho de publicação, autopublicação e distribuição de imprensa e propaganda anarquista nas montanhas.

Os participantes tiveram a oportunidade de adquirir algumas dessas obras, comentar e tirar dúvidas com os companheiros da CNT-AIT Hellín.

Logo em seguida, foi exibido o documentário “Viver a Utopia”, com a presença de uma dezena de pessoas que permaneceram para o debate que se seguiu. O debate permitiu uma análise crítica em que cada participante contribuiu com seu ponto de vista, gerando reflexões de interesse comum.

O dia terminou com o compartilhamento de aperitivos vegetarianos, com a ideia de oferecer alguns pratos típicos da região que não fossem feitos com alimentos de origem animal, como ajo harina con guíscanos ou gachas migas.

Os companheiros de Riópar consideram essa primeira jornada em Riópar um grande sucesso e o início de muitos outros que virão.

Do Sindicato de Ofícios Vários da CNT-AIT de Albacete, temos que avaliar essa atividade no âmbito de nossas Jornadas Libertárias de Outono de forma muito positiva; em primeiro lugar, porque conseguimos romper um obstáculo que vínhamos tentando superar há algum tempo, que é o fato de que a atividade cultural e o trabalho de divulgação das ideias anarquistas e anarco-sindicalistas podem ir além da capital Albacete; e, em segundo lugar, que já estamos fazendo isso há mais de um ano em Hellín e Villarrobledo, e que vamos continuar fazendo isso a partir de agora na região da Sierra del Segura, principalmente em Riópar.

Incentivamos toda a classe trabalhadora da Sierra del Segura a participar das atividades organizadas pela CNT-AIT em Riópar e os incentivamos a se organizarem entre iguais em nosso sindicato.

PELA CULTURA ANARQUISTA DOS TRABALHADORES

ORGANIZAR-TE E LUTA

Fonte: https://cntaitalbacete.es/2024/12/cultura-cronica-de-las-jornadas-de-otono-libertario-en-riopar/

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

Some de repente
Numa viagem pelas sombras
uma borboleta

Carlos Roque Barbosa de Jesus

[França] Domingo, 15 de dezembro, às 17h | Exibição especial: AIMER LA VIE, de Nadia Genet

Com a presença da cineasta e de Hellyette Bess

Em apoio ao Jargon Libre, uma biblioteca associativa para consulta de arquivos e livros sobre o movimento dos trabalhadores, o movimento revolucionário, o anarquismo, o marxismo, o surrealismo, os situacionistas, a educação, o feminismo, as lutas, a prisão e muito mais.

AIMER LA VIE, de Nadia Genet

1h – Documentário – França – 2021

Aos 91 anos, Hellyette Bess ainda é uma ativa militante libertária. Nadia Genet viaja com Hellyette, ajudando-nos gradualmente a descobrir sua visão humanista. Por meio de sua história e da de seus companheiros de viagem, vemos a generosidade de uma mulher modesta, culta e complexa, movida pela amizade, generosidade e fidelidade a seus princípios. Seguindo seus passos, encontramos os destinos de Georges Ibrahim Abdallah (militante comunista libanês, preso na França desde 1984) e Jean-Marc Rouillan (Action Directe), que Hellyette visitava regularmente na prisão, independentemente de suas diferenças políticas, explorando constantemente os muitos tons de cor que compõem a bandeira negra do anarquismo.

O trailer: https://www.lesfilmsdici.fr/fr/portraits/5219-aimer-la-vie.html

Le Jargon Libre, 32 rue Henri Chevreau, 75020 Paris

𝐋’𝐀𝐫𝐜𝐡𝐢𝐩𝐞𝐥, 17 bd de Strasbourg 75010 Paris

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uma pétala de rosa
no vento
ah, uma borboleta

Rogério Martins

[Espanha] Áudio: Barrio Canino vol.319 – Cobertura radiofônica do XXII Encontro do Livro Anarquista de Madri

Aqui trazemos a cobertura radiofônica do XXII Encontro do Livro Anarquista de Madri, realizado nos dias 6, 7 e 8 de dezembro de 2024 na Escuela Popular ‘La Prospe’. Uma cobertura de rádios livres com a participação de Steph (Tomalatierra), Raimundo (Onda Expansiva Burgos), Professor Arkadio (La Linterna de Diógenes) e Barrio Canino (Ágora Sol Radio) com entrevistas com a organização do evento e as editoras participantes do encontro.

O XXII Encontro do Livro Anarquista de Madri foi realizado nos dias 6, 7 e 8 de dezembro na Escuela Popular de Prosperidad, ‘La Prospe’, em C/ Luis Cabrera 19, Madri, com a participação de mais de 25 editoras e a apresentação de livros e palestras-debate sobre a gestão coletiva das agressões machistas em ambientes libertários, sobre inteligência artificial, a deserção da psiquiatrização, a crítica anarquista à escravidão moderna e às escolas racionalistas, entre outros temas, além de ser um ponto de encontro e troca de material entre coletivos, editoras e indivíduos que passaram por lá durante os três dias do encontro.

Nesta cobertura radiofônica, pretendemos capturar um pouco da atividade efervescente que ocorreu em La Prospe durante esses dias.

Este programa inclui as seguintes entrevistas:

– Asamblea del XXII Encuentro del Libro Anarquista de Madrid. / – Grupo Surrealista de Madrid, Revista Salamandra y Editorial La Torre Magnética. / – Palimpsestos, revista de arqueología y antropología anarquista. / – CNT-AIT, puestos de Tirso de Molina de los domingos. / – Micro relatos de libertad, narrativas breves en el Encuentro del Libro Anarquista / – Plataforma de apoyo a las 6 de la Suiza en Madrid / – Biblioteca-archivo Teresa Claramunt de Soria / – Editorial La Neurosis o Las Barricadas / – Ateneo Libertario La Garra / – Editorial Prometeo Ediciones / – Editorial Afilando Nuestras Vidas / – MalaCoda / – Squatting Europe Kollective

Programa completo para baixar e audição online:

https://www.agorasolradio.org/podcast/barriocanino/vol-319-cobertura-radiofonica-del-xxii-encuentro-del-libro-anarquista-de-madrid/

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/12/02/espanha-xxii-encontro-do-livro-anarquista-de-madri/

agência de notícias anarquistas-ana

A serra silencia
só se ouve agora
o grito do pardal

Rosalva

 

[Espanha] Novidade editorial: ‘La voz de los olvidados. Doce entrevistas con anarquistas que vivieron la Guerra civil en España’, de Lily Litvak

Anunciamos que o livro La voz de los olvidados. Doce entrevistas con anarquistas que vivieron la Guerra civil en España, já está disponível na livraria da FAL. Lily Litvak reúne a voz de doze anarquistas que viveram a Guerra Civil espanhola, gravadas entre 1989 e 1991. Seu testemunho reivindica a cada um deles como indivíduo e, ao mesmo tempo, a consciência coletiva de sua ideologia.

La Voz de los vencidos apresenta doze entrevistas com anarquistas que passaram a guerra civil na Espanha gravadas por Lily Litvak entre 1989 e 1991. Forneceram um manancial de informações em primeira mão e podem considerar-se como documentos da literatura testemunhal da Guerra Civil. Os anarquistas foram testemunhas presenciais e estavam narrando sua própria vida. Seu testemunho reivindica a cada um deles como indivíduo e, ao mesmo tempo, a consciência coletiva de sua ideologia. Falaram de suas experiências na guerra, das represálias e prisões que sofreram durante o franquismo, do caminho que os levou ao anarquismo, e de sua interpretação das ideias libertárias. Complementando esses textos, um importante corpo de notas de rodapé explica e esclarece os acontecimentos e pessoas mencionadas.

Lily Litvak, doutorada pela Universidade da Califórnia em Berkeley, catedrática emérita de Literatura Espanhola e Latino americana da Universidade do Texas em Austin, Acadêmica correspondente da Real Academia de Córdoba. É autora de numerosos estudos sobre a cultura espanhola na literatura e na arte. Uma importante parte de sua obra é dedicada ao anarquismo espanhol em significativos artigos e em seus livros: Musa libertaria. Arte, literatura y vida cultural del anarquismo (1880-1913), El cuento anarquista (1982).

La voz de los olvidados. Doce entrevistas con anarquistas que vivieron la Guerra civil en España’

Lily Litvak

Coed. con Universidad de Granada

Granada, 2024

534 págs.

ISBN: 978-84-3387294-4

Preço 28,00 €

fal.cnt.es

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

lua alta
céu claro
o som da folha caindo

Alexandre Brito

[São Paulo-SP] CCS, 14/12: “Oficina de escrita de ficção-científica abolicionista”

GRUPO DE ESTUDOS DE ANARQUISMOS, FEMINISMOS E MASCULINIDADES (GEAFM)

Sobre o tema:

A escrita de ficção-científica abolicionista pode ajudar a forjar outros mundos? No Brasil de 2024, cerca de 800 mil pessoas estão encarceradas. Esta situação foi produzida pelo conjunto da sociedade como uma resposta genérica e absoluta a problemas estruturais, atingindo majoritariamente homens jovens e negros. Mas o encarceramento em massa não poderia ter acontecido se não tivesse sido capaz de mobilizar forças fictícias: as forças da imaginação. Por isso, a luta abolicionista é também uma luta pelo imaginário. E a literatura de ficção-científica pode servir como um laboratório para dar forma a um mundo que ainda não existe, além de jogar luz nas coisas que existem, que não deveriam existir e que se tornaram uma parte quase natural do nosso mundo. Como seria um mundo sem prisões? Em qual recanto interestelar moram outras formas de lidar com a justiça, para além do punitivismo, do estado e dos rituais burgueses de reparação? Androides sonham com monitoramento eletrônico? Qual foi o gatilho das revoltas contra cadeias que assolaram o planeta X? Uma pergunta e zaz! O abolicionismo está em curso!

Esta oficina se baseia nos exercícios de escrita criativa do livro “Sci-Fi Abolicionista”, organizado por Phil Crockett Thomas, e na leitura prévia de um trecho selecionado do romance “Os Despossuídos” de Ursula K. Le Guin.

Leitura prévia indicada para o encontro: trecho selecionado de “Os Despossuídos”, Ursula K. Le Guin:

https://www.igrakniga.com/…/os-despossu%C3%ADdos-ursula…

Quando? Sábado, 14/12/24 (16h-18h)

Onde? Sede do Centro de Cultura Social de SP (Rua Gal. Jardim, 253, sl. 22, Vila Buarque – São Paulo)

Infelizmente, não teremos intérprete de Libras.

agência de notícias anarquistas-ana

A chuva passa
na rua, papel
que se amassa.

Robert Melançon

[Espanha] Vamos queimar tudo

não mendigamos

roubamos

não respeitamos nada

não esperamos nada

não cremos em nada

não temos nada

nos alimentamos de nossa própria raiva

não abaixamos a cabeça

não nos ajoelhamos

não temos medo

porque não temos nada que ganhar

cuspimos

mordemos

aranhamos

lutamos corpo a corpo

porque estamos desarmados

e nos despojamos de tudo o que nos atava

estamos desnudos

sós

à intempérie

feridos

queimados

preparados

para acender a mecha

da destruição

“voltar à terra” – José Pastor González (Rasmia Ediciones)

agência de notícias anarquistas-ana

Entre haicais e chuva
Súbita inspiração:
Um trovão.

Sílvia Rocha

[Espanha] Biblioteca La Maldita: 15 anos contra o vento e a maré

A Biblioteca La Maldita está comemorando seu 15º aniversário e, para celebrar seus três lustros de existência, organizou uma série de conferências que serão realizadas durante o mês de outubro. Publicamos abaixo um texto que a biblioteca anarquista sediada em Gamonal está divulgando.

O texto a seguir foi incluído como uma introdução ao livreto publicado pela Biblioteca La Maldita, que contém alguns dos escritos que contribuíram para o concurso literário organizado para o 15º aniversário e que começará a ser distribuído durante as conferências planejadas para este mês de outubro.

A Biblioteca Anarquista La Maldita completa 15 anos.

Um projeto de divulgação do pensamento anarquista, um ponto de encontro onde podemos aprender uns com os outros, de forma horizontal, onde podemos compartilhar o pensamento revolucionário e avançar para novos horizontes, enfrentando o sistema que nos oprime dia a dia. Estamos comprometidos com os ideais anarquistas, como solidariedade e apoio mútuo, autonomia e autogestão fora do sistema, organizando-nos contra todo o poder. Durante esses 15 anos, desenvolvemos diferentes atividades culturais, debates, apresentações de livros, conferências, além de abrigar uma grande coleção de livros de material crítico. A maioria desses materiais vem de editoras não comerciais cuja autoria tem como objetivo transmitir a ideia e não buscar lucro econômico.

Nosso objetivo nunca foi ficar entre quatro paredes. Queremos ir além das paredes de nossas instalações, divulgando essas ideias por meio de campanhas, ações, lutas sociais que ocorrem em nosso ambiente e demonstrando solidariedade com essas lutas ou grupos de protesto.

Quando começamos, há 15 anos, considerávamos fundamental ter um espaço como esse na cidade, onde as ideias antiautoritárias estivessem presentes. Hoje, acreditamos que ele ainda é tão necessário, se não mais, devido à tendência totalitária do mundo em que vivemos.

Precisamos unir forças, fortalecer as ideias anarquistas e continuar lutando por um novo mundo. A Biblioteca continuará sendo um local onde poderemos nos encontrar e nos reunir, gerando lutas que nos levarão a sermos os senhores de nossas vidas.

Agradecemos a todas as pessoas que passaram por este espaço, fazendo parte dele ou apoiando-o, pois juntos fizemos o caminho que nos trouxe até aqui.

Saúde e Anarquia.

Fonte: https://diariodevurgos.com/dvwps/biblioteca-la-maldita-15-anos-contra-viento-y-marea.php

Tradução > Liberto

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/10/14/espanha-xv-aniversario-da-biblioteca-anarquista-la-maldita/

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um pé no degrau
um passo na escada
bate coração

Carlos Seabra

[Chile] Novo local do “Espacio Fénix”

No início de novembro, recebemos a notícia do fechamento do local onde estávamos funcionando há mais de um ano. Foi, sem dúvida, um momento de grande frustração, pois entendemos a importância dos espaços físicos onde podemos nos reunir entre companheiros, colocar ideias em tensão, confrontar posições e alimentar nossas práticas.

Não queríamos que o espaço fechasse, então decidimos ativar e dar vida às jornadas e atividades que tínhamos em mente, em vez de perder tempo lamentando. A Anarquia é aqui e agora, mesmo que muitos levantem bandeiras de derrota antecipada.

Não podemos decidir as situações que ocorrerão, as investidas do poder, os acidentes, as mortes, as condenações, as caçadas desencadeadas, as divisões entre companheiros, mas podemos decidir como enfrentá-las: Lutando. Sem nunca desistir, estamos abrindo estradas e caminhos, porque sempre há muito a fazer.

Hoje queremos lhes contar que reabriremos um espaço alugado, a Livraria, a Biblioteca Antiautoritária Sacco e Vanzetti e, com ela, as múltiplas iniciativas de que gostamos e que nos impulsionam a crescer em ideias e práticas, em afinidade e companheirismo. Estamos sempre abertos a propostas que possam ser desenvolvidas nesse novo espaço físico.

A partir de quinta-feira, 12 de dezembro, estaremos operando como de costume (terças, quartas e quintas-feiras, das 17:00 às 20:00 horas), portanto, fique atento às novidades.

Este novo local está localizado dentro do Centro Social, Deportivo y Cultural Antonio Ramón Ramón, estamos localizados em Santa Filomena 132 no Barrio Bellavista, Santiago.

Pela proliferação e defesa dos espaços antiautoritários!

Seguimos contra todo prognóstico!

Viva a anarquia!

ESPACIO FÉNIX

-Individualidades anarquistas

-Biblioteca Antiautoritária Sacco e Vanzetti

Dezembro de 2024

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/11/08/chile-como-uma-fenix-contra-todas-as-probabilidades/

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aquecer as mãos
requentar as noites
esquecer os dias

Goulart Gomes

Ocorreu a XII Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre nos dias 9 e 10 de novembro de 2024!

Sábado 9 de novembro:

Mantendo viva esta fogueira que procura expandir a agitação anarquista na cidade, fomentando o encontro entre pessoas antiautoritárias e inquietas, difundindo livros e publicações, nos encontramos no salão da Escola de Samba Acadêmicos da Orgia. Nas paredes e no exterior do salão faixas e cartazes afirmavam o amor a liberdade e a revolta permanente contra tudo que quer pôr as mãos sobre nós para nos dominar e devastar a Terra. Nas bancas de materiais expostos as incitações a anarquia gritavam através de livros, fanzines, revistas, cartazes, camisetas, adesivos, alimento vegano e outras produções se fazendo sentir a presença de companheiros da região e de latitudes mais distantes.

Conjuntamente à XII FLAPOA ocorreu mais uma vez a Solidariedade à Flor da Pele, esta agitação de um dia de flash tattoo solidária com nossos compas presos. Rabiscando corpos insubmissos e cúmplices com aqueles que lutam contra o estado/capital e estão agora sequestrados nos presídios. As duas máquinas de tattoo de @marceloarakno e @Juwtattoostudio não cessaram seu ronco ao longo do dia até o último momento fechando o salão. Todo valor arrecadado (1.100 reais) com as tattoos e outras contribuições foram para nossos companheirxs Mônica e Francisco presos no Chile.

A feira abriu sua programação de atividades com a apresentação do zine Anarquistas na Palestina e a solução sem estado traduzidos pela Pandemia Distro que apresentou os textos que compõe a publicação em uma troca de ideia. Ainda pela manhã outro compa vindo do Rio de Janeiro puxou outra apresentação e debate: Internacional Anarquista e o Movimento Anarquista no Brasil.

O restaurante antiespecista Aurora nos brindou com alimento vegano farto e bem temperado nutrindo os corpos para as atividades da tarde. O salão e o pátio seguiram a receber e circular pessoas nas bancas e atividades que iniciou com a troca de ideia e incitação Atuar Anárquico em contextos de crise: Potencializar o colapso do projeto civilizador englobando junto a provocação Diante de cada encruzilhada nosso caminho é a Anarquia!, culminando em uma participativa conversa em roda. Ao longo da tarde a Oficina bolhas de sabão gigantes encantou todas gerações com o voo fugaz e as explosões das bolhas de sabão gigantes. Dando sequência a incitação e debate inicial foram apresentadas mais duas publicações e dois livros. Foda-se Black Friday traduzido e editado por Pandemia Distro, Esse colapso não é de hoje de Dani Eizirik/Jambalú, da Editora Riacho e os livros De Luto em Luta. Uma antologia de textos, poemas e contos de Louise Michel e Uma Casa Viva de Andrea Staid editados e apresentados pela editora Barricada de Livros de Portugal. Todas apresentações se desenrolaram com animadas trocas de ideias.

Um ambiente fraterno e afiado contra as expressões de autoritarismo gerou uma tarde de encontros e fomento das ideias e práticas anarquistas sendo a própria feira uma realização dessa disposição. O dia culminou com a troca de ideia Para nascer novos mundos é preciso abortar mundos não desejados trazendo um olhar “desde nossos ventres e nossa terra” com a verve de uma compa vindo do Uruguay. A última atividade foi um vídeo debate A expansão da fronteira digital: Agronegócio, agronegocinho e resistência camponesa ao avanço do capitalismo de vigilância, a atividade começou atiçando as memórias de quem participou construindo conjuntamente uma linha do tempo da agricultura com diversos fatos recordados, logo o vídeo foi projetado, finalizando com o debate em roda.

O dia passou voando, as atividades foram intermitentes, no cair da tarde e anoitecer nos despedimos com sorriso insubmisso.

Domingo 10 de novembro:

Como tem ocorrido a alguns anos o primeiro dia da feira, com um local fechado, se prioriza as trocas de ideias e apresentações de livros e publicações, e o segundo dia a realização da feira é na rua, na Praça do Aeromóvel em frente ao Gasômetro na beira do Rio Guaíba. Este movimentado local tem se afirmado nos últimos anos com uma feira anarquista mensal no primeiro domingo de cada mês ascendendo agitação anarquista na rua, na praça.

Mais uma vez foram montadas as bancas de literatura anarquista, sementes crioulas e outras produções e as faixas gritaram nosso sentir anárquico. Três atividades ocorreram no turno da tarde, uma Oficina de Bombas de Sementes, uma troca de ideia Trilhas de autonomia: Desde as serras, território explorado pelo estado uruguaio. O caminhar como fundamento da autonomia humana e por último a atividade Marcando a cidade onde uma compa ceramista confeccionou três azulejos com imagens e uma breve história de três eventos de ímpeto anárquico ocorridos em Porto Alegre. Num deles se destacava uma foto do protesto contra o relógio dos 500 anos sendo incendiado, noutro trazia um encapuzado junto ao relato dos protestos de 2013, o último estava impresso uma foto de quatro anarquistas russos que expropriaram uma casa de câmbio em uma importante rua central da cidade em 1911, os quatro foram assassinados e seus corpos expostos em um cortejo pelo centro. Logo da apresentação dos azulejos e uma breve contação dos causos de nossa memória subversiva realizamos uma caminhada pelo centro da cidade nos locais onde ocorreram os fatos intervindo com a fixação dos azulejos na paisagem urbana reivindicando nossa memória de luta e presença anárquica ao longo dos tempos.

Antes da despedida do sol a Crua soltou sua voz, versos e rimas acompanhada de violão e de bases de hip hop latindo revolta, uivando liberdade!

A FLAPOA não tem organização fixa estando aberta todos os anos a todas as pessoas antiautoritárias com vontade de fazê-la acontecer. Mais uma vez os cartazes nas ruas nos demonstraram sua vitalidade na comunicação trazendo pessoas que os viram colados por aí afora, é verdade que o controle da polícia municipal para manter as paredes brancas cresceu sua vigilância e punição, mas é verdade também que sempre podemos os driblar e fazer as paredes falarem. Nosso modo de fazer é o “faça você mesmo”, é a autonomia, sendo assim a participação dos anarquistas com propostas para a FLAPOA  e sua presença é o que constrói a feira como um espaço fecundo de debates, incitações, projeções, o que mais uma vez conseguimos juntos expandindo o fogo da revolta.

Dezembro 2024

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/11/06/atividades-xii-feira-do-livro-anarquista-porto-alegre-2024/

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Sob esta ameixeira
Até mesmo o boi vem dar
Seu primeiro mugido!

Bashô

Rio Capital da Segregação – Campanha Contra o G20

Rio de Janeiro, cidade onde problemas não faltam, sitiada por armas, poderes e interesses se vivencia no cotidiano uma profunda segregação social e racial com suas raízes na escravidão. A natureza que resiste a tanto concreto é reservada e utilizada como vitrine da cidade maravilhosa, onde só desfruta de suas maravilhas quem detém um bom dinheiro… Como consequência de sua caótica desigualdade a indústria do medo se faz muito presente, propagandas de carros blindados, sistemas de segurança e o aprofundamento da mentalidade de isolamento-capitalista voltada para a classe média enquanto o dinheiro dos verdadeiros burgueses se concentra em seus projetos de devastação da terra e egocêntricos luxos. As infraestruturas do Estado e suas ‘garantias’ só existem na zona sul, ou seja, na área vitrine, nas outras regiões impera o abandono por parte do estado e uma espécie de ‘ancapistão’, facções e milícias competem pelo controle, poder e dinheiro assim como a igreja que faz da miséria e desesperança seu negócio.

Quem vive nas periferias ou transita realmente pela cidade, sabe que as bandeiras do G20, ‘sustentabilidade e combate as desigualdades’ são mentiras descaradas, um cinismo mórbido frente ao papel do estado em manter as coisas no RJ assim mesmo como são, alimentando as imagens de mais uma indústria muito explorada na cidade, a do espetáculo, que em simbiose com o governo Lula apresenta uma cara bonita e pacífica, mas que é sustentada pela exploração e violência contra o povo marginalizado e da devastação da terra. Espetáculo este que parece refletir também em alguns movimentos sociais e na esfera anarquista, vide a dificuldade e empecilhos colocados por alguns dos mesmos para uma organização de uma campanha contra o G20, o espetáculo e o medo se fazem presentes dentro de grupos e siglas que reivindicam o anarquismo. A repressão e violência policial pós 2013 deixaram traumas até hoje não resolvidos o que acreditamos está na hora de superar!

Vivendo e vendo todo este contexto complexo resumido nas últimas linhas, entre poucas individualidades e com o que tínhamos em mãos levamos adiante nossa campanha de rechaço ao G20, aos donos do poder, ao capitalismo e ao estado, com adesivos, panfletos e pixações pela cidade.

Que o espetáculo e o medo jamais nos paralisem!!

Anarquistas pela anarquia

–> Reprodução do texto do panfleto

G20 Cúpula do Fim do Mundo

Temos vivenciado cotidianamente ao redor do mundo o aprofundamento da emergência climática com queimadas, enchentes, recordes de calor e chuvas, o endurecimento do genocídio do povo preto e pobre por parte das polícias (dark MC em São Paulo, Mestre Barriga na Bahia, Odair em Portugal, – só para citar alguns que foram contabilizados este mês -) enquanto os ricos se negam em um cinismo mórbido a descer das costas dos trabalhadores e da natureza. Inúmeros encontros do G20, G8 e tudo o que eles nos deixam são melhores planos para gerenciar a crise do capitalismo e uma forma mais eficiente da exploração sobre tudo o que é vivo. Suas falsas bandeiras de participação social ou a sua mentirosa preocupação ambiental com seu desenvolvimento sustentável já são falácias antigas sabemos bem.

O capitalismo é o ator principal da devastação climática que vemos no mundo e da profunda desigualdade e segregação social/racial que vemos nas cidades e em especial no Rio de Janeiro, atual sede do G20. Também é o capitalismo a principal ferramenta pela qual os donos do mundo enforcam nossas possibilidades e perspectivas de vida em proveito de seus poderes megalomaníacos.

O G20 é o encontro dos inimigos do povo e da natureza para decidir melhores maneiras de nos explorar, não traz nada que poderá nos ajudar!

Pela abolição do estado e do capitalismo!

Apenas soluções horizontais, sem hierarquias, construídas em apoio mútuo em nossas comunidades podem fazer a diferença em nossas vidas! Nada virá dos exploradores e destruidores do mundo!

Se organize com quem está perto de você! Aqui e agora!

Anarquistas pela anarquia

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agência de notícias anarquistas-ana

em rincões e esquinas
frios cadáveres:
flores de ameixeira

Buson

[Reino Unido] Clifford Harper faz um apelo à solidariedade

Clifford Harper, o ilustrador anarquista cujo trabalho decorou mil livros, zines, pôsteres e paredes de quartos, lançou uma tiragem limitada de pôsteres para cobrir gastos com saúde.

Se você tem algum dinheiro sobrando e ama a arte dele…

Solidariedade com CH!

SOLIDARIEDADE, Edição Limitada

Nick Heath uma vez escreveu que “Clifford Harper nunca monetizou seu trabalho”. E isso é meio que verdade, embora ele estivesse se referindo ao meu trabalho anarquista. Eu trabalhei e ganhei a vida por décadas como um ilustrador profissional.

No entanto, há alguns anos eu fiquei seriamente doente e como resultado passei os últimos três anos e meio de cama, sem poder andar, ou trabalhar. Para que eu possa andar novamente preciso de um longo processo de fisioterapia.

Fisioterapeutas são caros, e não tenho dinheiro. Alguns camaradas organizaram a impressão de duas das minhas ilustrações em alta qualidade para venda, e os rendimentos serão para pagar pela minha fisioterapia, o que com sorte me possibilitará trabalhar novamente.

A primeira dessas impressões, “Solidariedade” [Solidarity], está disponível agora. A segunda, “Mulher Pensando” [Woman Thinking], uma das minhas melhores ilustrações, ficará disponível em breve.

Serigrafia “SOLIDARIEDADE”, de Clifford Harper, Edição Limitada (100 unidades)

59 x 33.5 cm

Assinada e numerada pelo artista, estampada por xpress

Todo o dinheiro da venda dessa impressão vai para a recuperação de Clifford e seu retorno ao trabalho.

Postagem global com rastreamento em um tubo de pôster. Estritamente um por cliente.

>> Apoie aqui:

https://cliffordharper.com/product/solidarity/

Tradução > anarcademia

agência de notícias anarquistas-ana

Margarida branca
vem desabrochar ao vento
uma vida nova

Talita Lopes Simões

Flecheira Libertária 791 | “Apenas certos humanos constroem prisões e apreciam viver armados”

pela vida livre

Em ataques recentes, torres usadas por humanos para caçar outros bichos com armas de fogo foram destruídas em Dorset no Reino Unido, na floresta de Sehlem, na Alemanha, na floresta de Telensac, na França, e em localidade não revelada no norte da Itália. Frente aos preparativos natalinos, dezenas de perus e galinhas foram arrancados das jaulas na Argentina, Escócia, França e Reino Unido. Em bando da mesma espécie, ou com o apoio de outros bichos, a fuga para estar em liberdade é uma força viva. Apenas certos humanos constroem prisões e apreciam viver armados, rodeados por arames farpados, câmeras de vigilância e outras invisíveis cercas tecnológicas.

mais fugas de bichos

No início do mês passado, quatro jovens irmãs guaxinins fugiram do Amazon World Zoo Park, na Ilha de Wight, Reino Unido. No início deste mês, quatorze veados escaparam do Indian Creek Zoo, em Michigan, EUA. Acredita-se que a fuga das guaxinins foi solitária, enquanto os veados podem ter tido apoio de algum bicho capaz de manusear alicates ou de romper cercas. Os proprietários esbravejam que havia um buraco “vandalizado” no alambrado. Em outubro, na Pensilvânia, um casal de anarquistas foi detido enquanto tentava soltar dezenas de visons trancados em cativeiro para serem mortos, escalpelados e terem suas peles vendidas como luxuosos casacos. Dentre as muitas acusações judiciais que recaem sobre elxs, há ecoterrorismo. Em Evia, na Grécia, após cinco anos de julgamento, uma libertária driblou a condenação de roubo e furtos, depois de ter desaparecido com as armas de caçadores. Será que os veados e as guaxinins serão acusados e processados? Que sigam soltos e não voltem a ser encarcerados!

>> Leia o Flecheira Libertária 791 na íntegra aqui:

https://www.nu-sol.org/wp-content/uploads/2024/12/flecheira791.pdf

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Borboleta azul
raspa este céu de mansinho
insegura e frágil.

Eolo Yberê Libera

[Dinamarca] De Copenhague a Atenas, ação em solidariedade aos companheiros do caso Ampelokipi

Em 31 de outubro, uma explosão em um apartamento no bairro de Ampelokipi, em Atenas, Grécia, mata instantaneamente o anarquista Kyriakos Ximitiris e fere gravemente a companheira Marianna M., que estava no apartamento no momento. Imediatamente, o Estado grego inicia uma caça às bruxas que resulta na prisão de cinco companheiros com base em evidências duvidosas e circunstanciais. Entre os cinco presos estava o companheiro anarquista Nikos Romanos, que foi processado com base em uma impressão digital encontrada em uma sacola plástica em um apartamento destruído.

Esses processos ocorrem em uma época em que o governo de direita grego enfrenta vários desafios; para citar alguns escândalos importantes, como a tentativa de encobrir a tragédia da colisão do trem de Tempi ou a vigilância ilegal de oponentes políticos, o aumento da pobreza e a deterioração da economia, a destruição constante do ambiente natural do país e a criação de um estado policial como resposta a qualquer tipo de reação ao mencionado acima. Nesse cenário, eles escolhem intencionalmente desviar o foco do público para seu inimigo interno, o movimento anarquista grego. Suas únicas ferramentas contra nossa luta por justiça e igualdade social são as notícias falsas e a violência opressiva, culminando com a acusação infundada de nosso companheiro anarquista Nikos Romanos. O ataque usual ao movimento anarquista, mas em um novo cenário surreal. Um espetáculo para o governo, resultando na destruição da vida de nosso companheiro.

É por isso que decidimos expressar nossa solidariedade aos cinco companheiros detidos, escrevendo slogans de apoio na parede da embaixada grega em Copenhague, Dinamarca. Independentemente de estarem ou não envolvidos no que são acusados, quando nos colocamos entre o Estado e aqueles que decidem se opor a ele em sua luta por um mundo melhor, nossa escolha é clara. Sempre estaremos ao lado de nossos companheiros!

De Copenhague a Atenas: Solidariedade aos 5 companheiros do caso Ampelokipi!

Anarquistas de Copenhague

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/11/22/grecia-patras-tirem-as-maos-do-militante-anarquista-nikos-romanos/

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Em morosa andança
Ao léu com meu ordenança —
Contemplação das flores.

Kitamura Kigin

[Chile] Para Memodio (1982-2024)

Celebramos o fato de tê-lo conhecido, as lutas que compartilhamos, as sementes que plantamos. Celebramos a coerência e a constância de que ele sempre foi exemplo, sem nenhum pedantismo. A clareza de suas palavras e o inigualável senso de humor corrosivo em relação a tudo o que era poder e militarismo (que muitas vezes são a mesma coisa). Ele era vegano quando isso não estava na moda, anarquista, antimilitarista, objetor de consciência, insubmisso e frugívoro. Era um fanzineiro incansável. Em todas essas facetas, ele era conhecido e reconhecido pelo comprometimento e pelo coração que colocava em cada luta.

Em particular, ele contribuiu para o desenvolvimento da cultura antimilitarista que abunda na região chilena, apesar do fato de que o poder militarista sempre a nega e esconde, participando ativamente da organização antimilitarista e de objetores de consciência Ni Casco Ni Uniforme (Nem capacete nem uniforme), entre outros espaços. Como Memodio antes, as pessoas hoje não atendem às “chamadas” para o SMO (Serviço Militar Obrigatório).

Seu trabalho em fanzines é abundante: Buena Influencia, Nueve Vidas e sua distro de material (A) e punk: Buena Influencia, bem como a distro / distribuidora de material HC / Punk chamada Siempre Juntos, entre outras iniciativas que realizou. Sua luta animalista e vegana é notável e devemos enfatizar sua militância frugívora, pois ele mesmo se descrevia assim. “Odioso como ele era e amoroso também”, um amigo o descreveu. Dizemos isso a partir das lutas, compromissos e projetos que compartilhamos, tanto como amigos quanto como companheiros.

Por tudo isso, celebramos o fato de tê-lo conhecido e, se escrevemos isso, é porque acreditamos que sua vida deve ser conhecida por tudo o que ele contribuiu em tantas lutas e em nossas vidas. A Memodio (Guillermo Díaz) de nosso coração e de nossa luta.

Memodio, Guillermo Díaz, 10 de março de 1982 em Maipú – 16 de novembro de 2024 em Maipú

Escrito coletivamente por aqueles de nós que valorizam o fato de ter conhecido Memodio, amigos e companheiros. Também da assembleia antimilitarista da região do Chile, parte da Rede Antimilitarista da América Latina e do Caribe Ramalc.

Dezembro de 2024.

Fonte: https://ramalc.org/a-memodio-1982-2024/

Tradução > Liberto

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No céu azulado
Borboletas a dançar
Campos enfeitados

Kellen Crovador