No dia 3 de outubro, às 18 horas em ponto iniciou a concentração na Plaza Libertad (Montevidéu) enquanto se distribuíam panfletos explicando as razões da luta. Às 19 horas e com o céu ameaçando chuva partimos até a Intendência para apontar o organismo responsável por manter o negócio do isolamento e a exploração, o zoológico Villa Dolores. Ali nos mantivemos durante vários minutos com cartazes e faixas e logo foi lido o manifesto, a jornada contou com presença policial.
M a n i f e s t o:
Aos responsáveis pela prisão nas jaulas do bairro Villa Dolores que ainda insistem em manter o isolamento e a escravidão, não lhes deixaremos. Aos encarregados de manter e defender o negócio da Intendência que não se baseia em outra coisa que na exploração e em mentiras, não lhes deixaremos. Aos responsáveis de sustentar um espaço que só pode funcionar em um mundo que entende a vida como mercadoria, não lhes deixaremos.
O sinistro espaço que é o zoológico Villa Dolores tem também sinistros personagens que são os responsáveis de que as vidas sejam arrebatadas cotidianamente a centenas de animais. Estes personagens têm nomes e sobrenomes: Eduardo Tavares, diretor do zoológico; María del Carmen Leizagoyen, diretora técnica do zoológico de Montevidéu; Andrés Montero, diretor administrativo do zoológico de Montevidéu; Eduardo Rabelino, diretor da Divisão de Artes e Ciências da Intendência; Héctor Guido, diretor geral do departamento de Cultura; Fernando Cirilo, ex-diretor e atual veterinário do zoológico e Ana Olivera, intendente de Montevidéu.
As decisões que tomam estes personagens apontam para manter e sustentar a escravidão ou em sua falha, a reformá-la para adorná-la um pouco. Com suas decisões, com suas ações sustentam o mundo de exploração que tanto se empenham em defender. Nenhuma ação, nenhuma decisão, não pode não gerar algo, todas as ações geram algo, por isso nós tampouco temos que ficar calados. Eles duvidam em manter seu negócio, nossas ações tem que aumentar suas dúvidas, precisam saber que não ficaremos quietos.
O mundo que eles fazem funcionar com suas decisões tem seu próprio idioma, eles falam um idioma diferente do nosso, eles falam o idioma da exploração, o idioma da mercantilização da vida. Eles falam no idioma das mentiras e aí se pensam que vamos cair, iludidos, suas reformas só pretendem dissimular a prisão com um par de jaulas maiores. E esta luta não é por um par de centímetros mais nas jaulas, é pela eliminação das jaulas, porque nosso idioma é o da liberdade.
Este mês as jaulas do zoológico Villa Dolores completarão 102 anos, “mais de um século negociando com a vida” deveria ser o slogan do zoológico. Diante disto estamos chamando a um mês de ações por seu fechamento, a um mês para aumentar as mobilizações, a difusão e as ações em geral, um mês para assinalar aos responsáveis da prisão e por isso esta quinta-feira, 16 de outubro vamos marchar até a casa da intendente Ana Olivera, responsável principal pela escravidão em Villa Dolores.
Já o dissemos, nosso idioma é o da liberdade, que nossas palavras sejam mais fortes, nossas ações também.
Coordenação pelo fechamento do zoológico
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