[Grécia] Réthynno, Creta, 18 de setembro: Dia de luta contra a barbárie

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Chamado da Coordenação antifascista de Réthymno para uma marcha antifascista dois anos depois do assassinato do antifascista Pavlos Fyssas por um batalhão de assalto da gangue fascista Aurora Dourada.

O texto do cartaz:

Dia de memória, dois anos depois do assassinato de Pavlos Fyssas

Dia de luta contra a barbárie

Sexta-feira, 18 de setembro, às 18h30. Concentração na praça da prefeitura de Réthymno

Apoiamos a iniciativa da Federação de Professores do Secundário de Réthymno de coletar alimentos e artigos de primeira necessidade para os refugiados

Coordenação antifascista de Réthymno

O texto do chamado:

Passaram dois anos do assassinato do trabalhador antifascista Pavlos Fyssas por um fascista. Cinco meses da morte de quatro trabalhadores na companhia petrolífera Petróleo Grego por um industrial. Dois meses depois do assassinato de uma camareira pelo dono de um grande hotel. Poucos dias, umas horas do assassinato de milhares de refugiados por causa das opções belicosas dos Estados para proteger o Capital e os ricos de cada país.

É uma guerra dentro e fora das fronteiras, cujos mortos são os trabalhadores, os antifascistas, os refugiados, os desempregados, as pessoas sem teto. O dia de comemoração em memória de Fyssas é um dia de clamor e luta contra a brutalidade que nos rodeia, a brutalidade que nos está sendo imposta, a brutalidade da escravidão por vontade própria.

O ano passado escrevíamos que não se pode falar do fascismo se primeiro não se fala do capitalismo. Devido a que a crise é uma oportunidade para o capitalismo, e devido a que o capitalismo é a crise, os estados de emergência, a democracia dos poderosos, os memorandos e a guerra, são para o capitalismo o que é o oxigênio é para os seres humanos.

Não caímos no embuste de considerar que o fascismo é só as forças organizadas do nazismo na Grécia. Eles tomarão o que merecem, onde quer que apareçam, representando o fundo da sociedade grega, e sendo o cão de guarda de cada Poder. O fascismo emana do mesmo funcionamento do Estado. É um Estado que constrói valas no rio Evros, na fronteira com a Turquia, e campos de concentração, que destrói acampamentos de ciganos, que forma exércitos e ensina aos jovens a desfilar, que tortura e mata nas delegacias de polícia, que reprime a raiva justa dos de baixo, batendo e disparando gases lacrimogênios. E de repente vem nos dizer que deteve aos maus e que podemos estar tranquilos. Não confiamos na Justiça burguesa e não esperamos que faça frente ao neonazismo, já que protege a seus amos como um cão fiel, e morde somente aos párias e aqueles que estão lutando.

Assim mesmo, não esperamos que a União resolva os problemas que ela mesma está criando. É ela a que colabora com os fascistas na Ucrânia, conduz à pobreza sistematicamente aos povos, vende armas e manda tropas ao Oriente Médio  e a África, colocando a milhares de trabalhadores como lubrificante nas engrenagens do capitalismo.

É claro que através das eleições simplesmente se reforça a Democracia burguesa que explora, assassina e conduz aos povos à miséria. Já não há falsas ilusões de que possamos delegar nossa vida às instituições do Poder e dos interesses. Dois dias antes das eleições chamamos para uma marcha em memória de Pavlos Fyssas, e ao apoio das ações de solidariedade com os refugiados da guerra.

Viva a vida. Morte ao fascismo.

Marcha antifascista desde a prefeitura de Réthymno, sexta-feira, 18 de setembro de 2015, às 18h30.

Coordenação antifascista de Réthymno

O texto em grego:

https://athens.indymedia.org/post/1548925/

O texto em castelhano:

http://verba-volant.info/es/rethynno-creta-18-de-septiembre-dia-de-lucha-contra-la-barbarie/#more-10181

Tradução > Sol de Abril

Conteúdo relacionado:

http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2015/09/17/grecia-atenas-17-de-setembro-de-2015-marcha-antifascista-dois-anos-depois-do-assassinato-de-pavlos-fyssas/

agência de notícias anarquistas-ana

Flamboyants floridos –
até a luz do céu
parece mais bela.

Paulo Franchetti