Anistia Internacional acusa Europa de promover “Calamidade humanitária” na Grécia

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A Anistia Internacional (AI) acusou os líderes da União Europeia de promoverem uma “calamidade humanitária” na Grécia com o fechamento das fronteiras na rota dos Balcãs.

“Presos na Grécia: uma crise de refugiados evitável” é o título de um relatório que revela situações de “encurralamento na miséria e quase abandono” num país que tem atualmente mais de 46 mil refugiados e migrantes em vários campos improvisados desde que, em Março, foi fechada a fronteira com a Macedônia.

A AI acusa os Estados europeus de terem “exacerbado” esta crise ao falharem na prometida recolocação dos refugiados pelo vários países.

“A decisão de fechar a rota dos Balcãs ocidentais deixou mais de 46.000 refugiados e migrantes em condições horrendas e num estado de permanente medo e incerteza”, refere John Dalhuisen, diretor da AI para a Europa e Ásia central, citado no relatório.

O dirigente da AI salienta que “os países da União Europeia (UE) apenas exacerbaram esta crise por não terem atuado de forma decisiva na ajuda à recolocação de dezenas de milhares de requerentes de asilo, na maioria mulheres e crianças, bloqueados na Grécia”.

“Se os líderes da UE não atuarem de forma urgente no cumprimento das suas promessas e melhorarem as condições de vida dos refugiados na Grécia, vai existir uma calamidade humanitária causada por eles próprios”, lê-se no relatório.

Dos 66.400 requerentes de asilo que deveriam ser recolocados a partir da Grécia noutros países a partir de 15 de Setembro, apenas 615 foram transferidos para outros Estados-membros da UE, segundo dados da Comissão Europeia datados de 12 de Abril.

O relatório descreve condições inadequadas em muitos dos 31 centros de acolhimento temporários na Grécia (e vários outros não oficiais, como no porto do Pireu), os quais se encontram superlotados, com total ausência de privacidade, sem aquecimento e insuficientes instalações sanitárias.Até agora apenas 615 refugiados foram transferidos para outros países europeus.

Há mesmo relatos de crianças detidas em delegacias de polícia durante duas semanas até serem transferidas para centros de abrigo.

Fonte: agências de notícias

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