Sai à rua o quarto número da publicação de pensamento contra a maquina, “Libres y Salvajes” (Livres e Selvagens). Este número está encadernado, com capa em cartolina e uma gravação artesanal na capa, desenhada por J. Ginés (instagram: j_gines_). Agradecemos ao coletivo Candao Crew pela colaboração ao financiar a revista e todas as pessoas que participaram traduzindo, escrevendo, que cederem textos, que corrigiram, etc. Neste número podem encontrar artigos sobre nanotecnologia, defesa da terra, resistências históricas, novas tecnologias, permacultura, etc. O preço da revista é de 4 euros, 3 euros para as distribuidoras. Podes fazer o teu pedido em blogmail ARROBA gmail.com. Juntamos a seguir um extrato do editorial.
Este número da revista sai com quase três anos de atraso. Os motivos são vários e consideramos importante nomeá-los. Em primeiro lugar, nosso tempo e energia para dedicar ao projeto diminuíram, e grande parte do nosso esforço dirigiu-se a outro projeto importante, a criação de uma pequena editora e distribuidora. Após a tradução e edição de “Ned Ludd y la Reina Mab”, de Peter Linebaugh, mergulhamos num texto nosso, “12 Historias Ludditas”, além de formatação e edição de outros textos e ainda outros que estão por vir. Isto diminuiu nosso trabalho na revista, embora não seja o único.
Sim, há objetivos claros que não mudam na publicação nem na nossa vida. O ódio a quem destrói o planeta, a raiva pela perda de cada vez mais autonomia individual e coletiva, pela perda de conhecimentos milenares imprescindíveis para uma vida autossuficiente. A necessidade de conhecer momentos, culturas e transformações passadas ou presentes que nos ajudem a obter uma visão global do ponto em que estamos e a enfrentar as mudanças que virão. O sabor amargo na boca ao ver quem enfrenta a dominação e pretendem emancipar-se de todo o estado e autoridade e se acomodem e se justifiquem com o uso inconsciente das novas tecnologias escravizantes.
Observamos como progressos tão recentes como a iluminação artificial ou o automóvel deram lugar ao pan-óptico futuro, a smart city, cidades inteligentes para autômatos humanos. Da mesma maneira, o controle e a dominação da terra com os transgênicos conduziram a nano-bio-tecnologia enquanto cientistas e tecnocratas capitalistas lançam as suas garras em mais espaço exterior e a outros recursos por explorar. Queremos e necessitamos conhecer como foram e são exterminadas as culturas pré-industriais e como nossos antecessores, os ludditas, foram esquecidos da história e, com isto aprender com eles. O whatsapp e os smarphones apropriaram-se das relações sociais, o que nos dói, mas dói muito mais quando se apoderam das nossas amigas e pessoas próximas ou conhecidas. Abordam-se alguns destes temas neste quarto número de “Libres y Salvajes” , mostrando uma realidade que nos deprime, nos leva à derrota e ao desespero.
A possibilidade de romper com as cadeias tecnológicas são menores conforme as redes do sistema de dominação se fortalece e se entrelaça, fechando os seus resquícios. No entanto, ainda fica algo de animal selvagem no fundo de muitas pessoas, um instinto tão natural e inerente que luta por se libertar no interior de cada um. E um javali é mais perigoso e bravo quando ferido, e nós estamos. Ainda há exemplos de javalis que resistem a serem caçados pelo mundo moderno e civilizado, ainda há espaço para a autonomia e contra a domesticação, ainda podemos ser selvagens e libertarmo-nos da coleira que nos puseram à força e que às vezes ficamos orgulhosos. A resistência indígena, as lutas de defesa da terra, a defesa dos bosques, a recuperação das sementes milenares, os projetos de okupação rural, a crítica antitecnológica e anarquista, a recuperação dos saberes… Todos estes projetos e ideias motivaram-nos, e fazem-nos voltar à carga e com mais força neste jogo desordenado e desesperado.
Pode baixar a revista aqui:
https://drive.google.com/file/d/1S664Hv4M5ZFpbJDN_AI01Q6BfXjejx9E/view
Tradução > Rosa e Canela
agência de notícias anarquistas-ana
No Planalto Central,
as cigarras cantam sangue.
A Justiça dorme.
Onofra
nao existe comunidade anarquista em nenhum lugar do mundo, (no maxinmo sao experiencias limitadas em si mesmo com uma maquiagem…
ALEN = Ateneu Llibertari Estel Negre. Article tret d'Anarcoefemerides.
Defender o estado fascista ucraniano a soldo do imperialismo ocidental (tão mau ou pior que o russo) nada tem a…
Essa noticia e uma vergonha para a causa anarquista. Casos voces nao saibam, a comunidade das republicas separatistas que se…
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