Manifestamos nossa mais profunda solidariedade com o povo equatoriano, nesse momento mobilizado contra o pacote de medidas do presidente Lenín Moreno e suas políticas de ajustes e fome. Pudemos observar nos últimos meses como o regime de Moreno tem avançado sobre os setores populares, tentando atacar suas principais conquistas. Exemplo disso são as tentativas de aumento dos combustíveis (o que provocará aumento imediato dos produtos da cesta básica, o transporte e o custo de vida), e a proposta de uma Reforma Trabalhista antipopular, que expressa o aprofundamento de políticas de corte neoliberal.
A isso, devemos somar uma retomada de relações carnais com o imperialismo norte-americano e o reestabelecimento de apoio à organismos credores como o FMI, em uma economia já dolarizada há muitas décadas.
Mas os setores populares, sindicatos e organizações sociais e os povos originários de Equador, longe de ser espectadores do processo de desmantelamento, vem oferecendo resistência com atos e manifestações. Nos últimos dias, o descontentamento popular transbordou-se pelas ruas em manifestações com milhares de pessoas nas principais cidades, o que fez o Estado responder com a maior brutalidade, deixando cerca de 300 feridos, e colocando o país em Estado de sítio.
Se a situação é bastante crítica, e se vivem horas decisivas para o povo equatoriano, as organizações populares decidiram seguir nas ruas para resistir ao avanço da repressão – de tons ditatoriais – e rechaçar de maneira contundente o avanço neoliberal, fazendo frente ao avanço imperialista na região. A consigna que se repete nas ruas de Quito, Guayaquil ou Cuenca chama a se aprofundar a luta e a resistência contra as forças repressivas e o Estado equatoriano.
Desde nossas regiões, não podemos fazer outra coisa que somarmos a fazer resistência e pressão nesse sentido, indo inclusive nas embaixadas e consulados do Equador.
Viva a resistência do povo equatoriano!
Abaixo o pacote de Moreno!
Arriba los que luchan!!
Assinam:
Federación Anarquista Uruguaya – FAU (Uruguai)
Coordenação Anarquista Brasileira – CAB (Brasil)
Federacíon Anarquista de Rosario (Argentina)
Federación Anarquista Santiago (Chile)
Roja y Negra (Argentina)
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!