A arte do imobilismo e da difamação: DCE, Burocracia Estudantil e o desmonte da Greve na UFSC

“É preciso autodisciplina interior, maturidade intelectual, seriedade moral, senso de dignidade e de responsabilidade, todo um renascimento interior do proletário. Com homens preguiçosos, levianos, egoístas, irrefletidos e indiferentes não se pode realizar o socialismo.” (Rosa Luxemburgo)

Um espectro ronda a Universidade Federal de Santa Catarina. Todas as forças da burocracia estudantil da Universidade unem-se numa Aliança Sagrada do imobilismo e da difamação para exorcizar este espectro. Diretório Central dos Estudantes (DCE), JCA, JR, UJC, UJR, JRB, Alicerce, Afronte, Brigadas, etc. estão alinhados para garantir a manutenção da ordem institucional em meio à Greve Estudantil, e espantar esse espectro tão perigoso.

Esse espectro é o Comunismo? O Anarquismo? O Socialismo? Uma Força “Oculta” Revolucionária?

Não, infelizmente não se trata de nenhum dos quatro. Tal espectro se chama Ação Direta Grevista (ação de estudantes mobilizados coletivamente de forma auto-organizada), da qual o Diretório Central dos Estudantes e todas as forças da burocracia estudantil não só fogem como tentam combater, sabotando-a através do imobilismo e de campanhas difamatórias baseadas no medo.

Mas o que é essa tal Burocracia Estudantil?

Definimos como Burocracia Estudantil o conjunto das organizações que centram suas forças na conquista de entidades representativas (CA’s, grêmios, DCE’s, UNE, etc). Tais organizações são braços políticos/eleitorais de algum partido[1], e seguem a linha estratégica de priorizar a “representação” em detrimento da luta direta, seja de trabalhadores, seja de estudantes. Para além de criar futuros candidatos e angariar votos para seus respectivos partidos da Esquerda Institucional, a Burocracia Estudantil cumpre o papel de imobilizar o potencial de radicalização das lutas.

A Burocracia Estudantil, portanto, nada mais é do que a reprodução da dinâmica da democracia representativa burguesa dentro do movimento estudantil, buscando transferir o protagonismo das massas para a mão de “representantes” ou de instituições burocráticas.

Vimos no ano passado – na eleição presidencial – e neste ano – nas eleições para o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) – essa militância dar o sangue em suas campanhas, mas não vimos nem metade desse empenho colocado na nossa Greve. Ano que vem, com as eleições municipais e do DCE, esse filme vai se repetir, assim como se repete há anos em todas as escalas.

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agência de notícias anarquistas-ana

As campânulas
Se espalham pelo terreno —
Casa abandonada.

Shiki