[Chile] Santiago: Algumas considerações sobre a revolta pelo Grupo de Ação Anti-Autoritária

30 de outubro de 2019

A revolta tão esquiva que era, acabou por chegar.

O dia 18 de outubro foi um ponto de ruptura com a ordem social, o começo de uma revolta no nosso território, sem precedentes em tempos de democracia. Nós, enquanto anarquistas, não temos estado alheios a este contexto de luta – pelo que estivemos perto daquele mar de pessoas que se cansaram do repugnante poder e da miséria do capital que foram destruir, queimar, pilhar e sabotar sem líderes nem partidos.

Entre barricadas, caçaroladas, confrontos na cidade e nos nossos povoados, juntamos-nos à nossa gente e próximos, fartxs de políticos, mentirosos, gente da polícia, militares, assassinos e denunciantes. Hoje, todas as experiências que cada um ou uma tem vindo a acumular – na senda da luta anarquista – se revestem de grande importância para enfrentar este momento histórico junto às populações. A propaganda e a ação são necessárias para gerar mais revolta, elas não podem ser deixadas de lado.

Recordamos as pessoas mortas, encarceradas, torturadas e violadas por agentes assassinos a soldo do E$tado $hileno. Por todxs elxs – e por toda a vida de merda que nos impuseram – é primordial que a luta continue com força, determinação e entrega. No 13º dia de revolta social, continuamos em pé de guerra.

Tudo continua!

Enquanto houver miséria, haverá rebelião!

Grupo de Ação Anti-Autoritária

Pikumapu, Vale Central

Outubro 2019

Fonte: https://es-contrainfo.espiv.net/2019/11/06/santiago-chile-palabras-en-el-marco-de-la-revuelta-por-el-grupo-de-accion-antiautoritaria

Tradução > E.C.

agência de notícias anarquistas-ana

Céu de primavera
no jardim dorme a menina.
Qual a flor do sonho?

Anibal Beça