Depois de um mês de detenção do nosso companheiro Gabriel, preso em 25 de janeiro passado em Portugal, o tribunal de Guimarães decidiu a favor da sua extradição para o Estado espanhol.
Esta notícia não nos surpreende, dada a vingança que a juíza Mercedes Navarro, do Tribunal número 2 de Girona, quer levar a cabo contra Gabriel. Esta juíza é a mesma que em maio de 2016 pediu ao então diretor da prisão de Dueñas (Palencia) que ocultasse a ordem de libertação imediata de Gabriel, que, depois de 3 semanas de “sequestro”, saboreou finalmente a liberdade em 16 de junho (por essa mesma razão a juíza Navarro foi denunciada por “prevaricação”).
Durante este último mês, a tal Navarro, não fez senão pressionar as autoridades portuguesas para que “este perigosíssimo indivíduo” fosse entregue às autoridades espanholas.
Lembremos que o objetivo principal da defesa é obter a libertação de Gabriel em virtude do “princípio de especialidade” (graças ao qual foi libertado há quatro anos e que não perdeu validade jurídica) e, em todo o caso, evitar a extradição, dada a cidadania portuguesa que Gabriel recentemente obteve (Portugal não pode extraditar um “seu cidadão”).
Nem o “princípio de especialidade”, nem a cidadania portuguesa, foram tidos em consideração pelo tribunal de Guimarães, que se limitou a dar razão à defesa de Gabriel, para depois concluir que deve proceder à extradição (ou seja, não pôde ficar indiferente à pressão da senhora Navarro).
O advogado está trabalhando no recurso para apresentar ao Tribunal Supremo de Lisboa, e até que este não se pronuncie (dentro de algumas semanas), Gabriel continuará detido nas instalações da Polícia Judiciária do Porto.
Continuamos a exprimir toda a nossa solidariedade com Gabriel… e que esta não seja uma palavra vazia!
LIBERDADE PARA GABRIEL!!!
TODES LIVRES!!!
VIVA A ANARQUIA!!!
Conteúdos relacionados:
agência de notícias anarquistas-ana
Cresce a erva do tempo, devagar,
brota do chão
e me devora.
Thiago de Mello
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!