Somos refugiadas, imigrantes, solidárias, mulheres que carregam em sua pele, em seus olhos e em sua memória a experiência da opressão pelas proibições misóginas do Estado e da religião, pelo machismo, pela exploração de classe, pela guerra, pelo racismo e pelo nacionalismo.
Sabemos que o patriarcado não tem raça, fronteiras ou religiões. Ele nos persegue em todos os lugares, porque quer que sejamos submissas e obedientes, estupradas, abusadas, assassinadas, silenciadas e solitárias. Mas nós dizemos não. Nós resistimos. Nós queremos viver, livres e unidas.
Lutamos muito para nos encontrar na okupa de Notara e, através da experiência de auto-organização, solidariedade e convivência, compartilhamos nossos traumas, compreendemos nossas ansiedades, e traçamos um caminho de conscientização e empoderamento. Todos os dias, tornamos nossa casa coletiva em um lugar de emancipação.
Participamos no dia 8 de março, da Greve Feminista, para comemorar a memória histórica do movimento feminista. Para não esquecer aquelas que foram assassinadas por seus maridos, parceiros, pais, policiais, e fascistas e aquelas que foram perdidas no Mar Egeu ou encontradas congeladas em Evros. Para enviar uma mensagem de solidariedade para aquelas que esperam do outro lado da fronteira, e aquelas que sofrem nos campos de concentração e no centro de detenção de Petrou Ralli.
Por nós, para conquistar nossas vidas. E sonhar com um mundo sem sexistas, fascistas, chefes e fronteiras.
Grupo de Mulheres do Notara 26, Okupa Habitacional para Refugiados e Migrantes
Tradução > Brulego
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!