Próximo de completar 3 anos do desaparecimento e assassinato do companheiro anarquista Santiago Maldonado, nunca serão suficientes as palavras para abarcar a dor que gera a morte em ação de um companheiro nas mãos do inimigo. E a tentativa dos reformistas em recuperar sua imagem e luta. Mas sim, podemos encontrar aqueles que falam de nossas convicções, da entrega ainda em momentos onde tudo parece ir ladeira abaixo, dos companheiros que uma e outra vez levantam a cabeça e na escuridão da noite ou na luta de rua, encapuzados reivindicam a memória insurreta, porque é aí onde nem o “Lechuga” nem nenhum companheiro é esquecido, quando não deixamos que a dor supere nossa entrega, quando não claudicamos e afirmamos novamente a guerra social que a autoridade nos declarou já faz um longo tempo.
O 1º de agosto de 2017 não só demonstrou o cinismo do Estado Argentino e a hipocrisia de seus colaboradores, também abriu passagem para a solidariedade, estabeleceu precedentes que não podemos esquecer. E necessitamos ter presentes, momentos de efervescência, de encontros, de olhares eufóricos, de nos prepararmos e estarmos dispostos, inclusive, a tudo, apesar do olhar inimigo nas costas. Tanto naqueles momentos como agora, 3 anos depois, somos conscientes de que não somos os primeiros, mas cremos também que depende de nós não sermos os últimos, hoje mais do que nunca nos enfrentamos com a nossa própria história e a reafirmamos, tanto com seus aspectos positivos como aqueles negativos que necessitam se afiar, mas com a inquebrantável ideia de que nossa memória reivindicativa é a ação, e a solidariedade é uma arma que nunca deixaremos de empunhar.
QUE A PANDEMIA NÃO APAGUE NOSSA RAIVA
POR UMA MEMÓRIA ICONOCLASTA E INSURRECIONAL
Fonte: https://anarquia.info/buenos-aires-propaganda-a-3-anos-de-la-muerte-de-santiago-maldonado/
Tradução > Sol de Abril
Conteúdos relacionados:
https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2019/07/31/argentina-para-lechu-santiago-maldonado/
agência de notícias anarquistas-ana
Aconchegantes,
Os raios do sol de inverno —
Mas que frio!
Onitsura
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!