O Tribunal Distrital de Golovinsky de Moscou condenou o estudante graduado e ativista anarquista Azat Miftakhov a seis anos de prisão na segunda-feira, 18 de janeiro, após considerá-lo culpado de atacar um escritório do partido Rússia Unida em 2018.
Miftakhov, que estudou matemática na Universidade Estadual de Moscou, se declarou inocente das acusações de hooliganismo.
Dois outros suspeitos que antes se haviam declarado culpados no caso foram dados penas suspensas: Elana Gorban foi condenada a quatro anos de liberdade condicional e Andrey Eykin a dois anos.
Essas foram as sentenças exatas que os promotores estaduais solicitaram para os três réus do caso.
A advogada de Miftakhov, Svetlana Sidorkina, disse que planejam contestar o veredicto.
De acordo com o jornal independente Novaya Gazeta, vários ativistas foram presos perto do tribunal durante a audiência, incluindo a membra do Pussy Riot Rita Flores, Dmitry Ivanov – que dirige o canal Telegram Protestny MGU, o ativista Marat Vakhitov, e Nikita Zaytsev – um assessor do ex-deputado Oleg Sheremetev da cidade de Duma em Moscou.
Na noite do dia 31 de janeiro de 2018, figuras não identificadas quebraram uma janela do escritório do partido governante na rua Onezhskaya em Moscou e jogaram uma granada de fumaça dentro. Ninguém ficou ferido durante o ataque, mas a granada de fumaça danificou uma seção do piso do escritório. Um ano depois, em fevereiro de 2019, Azat Miftakhov foi preso sob suspeita de fazer explosivos, mas os tribunais se recusaram a prendê-lo alegando falta de provas. Miftakhov foi posteriormente detido em conexão com o ataque criminoso ao escritório da Rússia Unida.
O advogado de defesa de Miftakhov argumentou que as únicas provas que os promotores públicos têm são os depoimentos de duas testemunhas anônimas, uma das quais está morta, enquanto isso os outros dois réus no caso negam o envolvimento de Miftakhov no ataque. Eykin até disse que não conhece Miftakhov.
• Após sua primeira prisão, os defensores dos direitos humanos relataram que o corpo de Azat Miftakhov mostrava sinais de tortura: eles registraram uma marca de chave de fenda em seu peito e um hematoma na orelha. O Comitê de Investigação Russo se recusou a abrir um processo criminal por uso de violência.
• De acordo com investigadores estaduais, os réus no caso pertenciam a um movimento anarquista denominado Autodefesa do Povo, que está associado a um ataque terrorista de 2018 ao prédio do FSB em Arkhangelsk.
• Centenas de acadêmicos de todo o mundo, incluindo o conhecido filósofo e lingüista Noam Chomsky, assinaram uma carta aberta apoiando Miftakhov. O grupo russo de direitos humanos Memorial também o declarou prisioneiro político.
Tradução > A. Padalecki
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