Como presx subversivx oficializo minha retirada da greve de fome líquida na qual me encontrava, junto a outrxs 9 companheirxs de diferentes prisões, pela revogação do artigo 9 e a restituição do artigo 1 do D.l. 321; pela liberação de Marcelo Villaroel, companheiro sequestrado no C.A.S.; e denunciando o uso da prisão preventiva como castigo pelos tribunais de injustiça chilena.
Minha decisão de me retirar da greve não quer dizer por nenhum motivo que abandonei a luta. Seguirei em pé de guerra, como tem sido até agora, mas desde uma trincheira diferente, uma vez que minha saúde foi prejudicada tanto pela greve que mantive por 17 dias quando pelas condições de vida que levo já mais de um ano neste recinto penitenciário, tempo no qual jamais pude ter uma alimentação adequada devido às limitações dxs carcereirxs. É muito difícil se manter firme ou saudável em um lugar nefasto como este.
Para terminar, faço um chamado para manter ativo o bastião de luta pela revogação das últimas modificações realizadas no decreto de lei 321, que priva nossxs companheirxs presxs de longas penas de seu direito à liberdade condicional, e sobretudo pela liberação de todxs xs companheirxs presxs subversivxs, anarquistas, da revolta e da liberação mapuche!
ENQUANTO EXISTIR MISÉRIA, HAVERÁ REBELIÃO!
Tomas González Quezada, presx subversivx
Prisão-empresa Santiago 1.
8 de abril 2021
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