[EUA] Ativista Sentenciade à Prisão por Pintar Estátua de Custer com Spray

Relatório sobre a sentença de ativista anti-colonial em Monroe, Michigan.

Na quarta-feira, 20 de março, diante de um tribunal lotado do condado em Monroe, Michigan, ativista anti-colonial local Peatmoss Ellis foi condenade a 30 dias de prisão por pintar com spray uma mensagem de resistência em uma estátua do General Custer, perpetrador de genocídio da era da Guerra Civil, no Dia dos Povos Indígenas em 2022.

A juíza do Primeiro Distrito, Amanda L. Eicher, afirmou explicitamente que estava impondo a Ellis a sentença máxima possível para dissuadir outros de se envolverem em dissidência.

“Esta sentença draconiana é uma decisão politicamente motivada e o pior cenário possível para um delito leve”, disse o ativista climático local John R. Sullivan. “O objetivo desta decisão é manter o legado do genocídio e da supremacia branca. O condado quer nos dissuadir de revidar contra os crimes passados e em curso do estado contra povos indígenas e outras pessoas racializadas e oprimidas. A resposta do povo, portanto, deve ser o oposto da dissuasão.”

Ellis é co-diretore de um abrigo para pessoas em situação de rua com sede em Ann Arbor, MI, e voluntárie regular em um santuário de animais. Antes de sentenciar Ellis, a juíza Eicher sentenciou várias outras pessoas lutando contra problemas de pobreza e uso de substâncias a pagar milhares de dólares em taxas judiciais e a se submeter a extensas condições de vigilância e probatórias.

“Este não é apenas um ataque à dissidência contra o legado colonial, mas também um ataque aos pobres”, disse Sullivan. “Peatmoss desempenha uma função essencial no abrigo da população sem-teto local. Ao prendê-le durante este período de clima severo, a juíza Eicher está colocando os membros mais vulneráveis de nossa comunidade em grave perigo.”

Custer, que era originalmente de Monroe, Michigan, é responsável pelo deslocamento forçado e assassinato de milhares de indígenas. Ele liderou múltiplos ataques e violações de tratados contra os Sioux Lakota, Cheyenne e Arapaho. Em 2021, as Tribos Unidas de Michigan aprovaram por unanimidade uma resolução pedindo a remoção de sua estátua em Monroe como um símbolo “amplamente percebido como ofensivo e um doloroso lembrete público do legado do genocídio dos povos indígenas e das realidades atuais do racismo sistêmico em nosso país”. Em 2020, uma coalizão de ativistas liderada por pessoas racializadas solicitou que a estátua fosse movida do centro da cidade para um museu. Em resposta a esta petição e a pelo menos mais uma com quase 25.000 assinaturas, o conselho da cidade de Monroe afirmou que não tinha planos de discutir a realocação da estátua.

“Apesar da sentença severa, Peatmoss estava de bom humor durante todo o dia e foi apoiade por muitos de seus amigos e camaradas no tribunal”, disse o amigo de Ellis, Chris Pierce. “A sentença repressiva imposta pela juíza Eicher não danificou o espírito de resistência de Peatmoss. Elu já estão trabalhando para advogar em favor dos companheiros detidos na cadeia do condado de Monroe, organizando um protesto contra uma iniciativa do gerente da cadeia para coletar e destruir livros e revistas dos detentos.”

Para escrever para Peatmoss, envie cartas para Lillian Ellis (Detento #000204306), 100 E 2nd St, Monroe, MI, 48161.

Fonte: https://itsgoingdown.org/activist-sentenced-to-jail-for-spray-painting-custer-statue/

Tradução > fernanda k.

agência de notícias anarquistas-ana

Vermelho céu manchado
Sombras em seus lugares
Lua aparece.

Chang Yi Wei

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