A “normalização” que vive Cuba é uma gestão de futuro. Esta vem com uma carga “rejuvenescida” de problemas que marcam nosso passado e presente.
São problemas de uma sociedade interditada pelo Estado e o salário, com suas instituições, suas chefaturas e sua moral, que seguem sendo muito úteis para gestionar a “atualização” do capitalismo estatal cubano.
Em meio desta deriva, que trata de clonar-nos a sua imagem e semelhança, germinaram as Jornadas Primavera Libertária de Havana. Jornadas de Primavera que tentam alentar formas de fazer realidades sem chefaturas:
Modos antiautoritários de interpelação e interpretação do que acontece dentro e fora de Cuba, e maneiras de gestionar nossas convivências, o diálogo aberto e a responsabilidade pessoal: fatores frágeis, mas que possibilitam, aqui e agora, relações, moralidades e imaginários distintas às dominadoras do sistema mundo.
As Jornadas são políticas e antipolíticas, sociais e anti-sociais, e decididamente vão contra todo economicismo. Aspiram a entrar em contato com todo fator antiautoritário local ou planetário, e com práxis anarquistas nos espaços de antagonismo da sociedade cubana.
Áreas temáticas este ano:
- Estado atual da condição anticapitalista em Cuba, na conjuntura pós VII Congresso do PCC (Partido Comunista Cubano).
- Os governos progressistas latino-americanos e suas contradições dentro de perspectivas libertárias.
- Anticapitalismo e anti-imperialismo nos Estados Unidos.
- Tensões e experiências na gestão de espaços anarquistas, antiautoritários e autônomos.
- Práxis artísticas frente ao ativismo e o horizonte libertário.
- Autonomias políticas de espaço e território.
Programa Proposto:
(Rua 19 Nº1104, e/14 e 16, Vedado )
• Sábado, 7 de maio
10h. Apresentação da 3ª Jornada Socialização e reconhecimentos mútuos.
10h30. Cuba em meio do 2016: definindo perigos e oportunidades de uma conjuntura.
11h30. Painel de diálogo “Situação da condição anticapitalista em Cuba hoje” (Observatório Crítico Rede Anticapitalista Cubana Taller Libertario Alfredo López Projeto Arcoíris El Guardabosques).
13h10. Recesso.
14h. Progressismos, governabilidades, perspectivas e atuação libertária na América Latina. Olhares desde Brasil, Venezuela, e México.
• Domingo, 8 de maio
14h. Painel de diálogo “De Chiapas ao Curdistão: para criar comunidades sem Estado”.
15h. Refazendo comunidade e autogestão em um bairro periférico da cidade de Vitoria-Gasteiz, País Basco.
15h30. Apresentação e distribuição dos livros do Grupo de Trabalho Anticapitalismos e Sociabilidades Emergentes.
• Quarta-feira, 11 de maio
13h. Painel de diálogo “Espaços e experiências anarquistas internacionais”. Cibao Libertario (Santiago de los Caballeros – República Dominicana), Federação Anarquista Gaucha (Rio Grande do Sul – Brasil), La Magdalena (Madrid – Espanha); Wasteland (Sidney – Austrália); Grupo Albatros (Villaverde, Madrid – Espanha), El Libertario Red Anti-carcerária (Caracas – Venezuela).
15h. Problemas e perspectivas dos movimentos anticapitalistas e anti-imperialistas nos Estados Unidos. Balanço de um ativista do Comitê por uma Internacional de Trabalhadores (CIT).
15h45. Espaço: “Olhares (em questionamento) à globalização”: Cuba vista desde a governança global, A Biblioteca e Observatório dos Estragos da Sociedade Globalizada (B.O.E.S.G.) e a situação do anarquismo em Portugal. Suas semelhanças com o futuro do anarquismo em Cuba.
• Quinta-feira, 12 de maio
14h. Expressões de ajuda mútua popular na história de Guanabacoa, incitações para outro presente.
14h45. Ajuda mútua, ação direta, e vida cotidiana em alguns momentos do debate anarquista.
Taller Libertario Alfredo López
Localização Cristo Salvador
Tradução > Sol de Abril
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