Há mais de um ano o site e o grupo do Pramen no Vk.com (a rede social mais popular nos países Pós-soviéticos) foram bloqueados por decisão judicial, que considerou extremistas as informações do site. Há algumas semanas, uma nova onda de ataques do Ministério da Informação. O novo grupo, criado depois do primeiro bloqueio, também foi bloqueado. O grupo tinha 1450 inscritos. Por causa disso, um novo grupo foi criado – e certamente também será bloqueado em breve.
As contas de muitos participantes que estavam no grupo também foram bloqueadas no território da Bielorrússia. Além disso, o governo da Bielorrússia adicionou os espelhos do site à lista negra em diferentes redes sociais – Tumblr, WordPress, Livejournal e Diaspora. Antes, o grupo do Facebook também havia ido para a lista negra.
Apesar de não ser possível o governo da Bielorrússia bloquear o Facebook, Diaspora e Twitter por causa de decisões técnicas dessas redes sociais, outras redes e o nosso espelho no WordPress já não estão disponíveis no território do estado Bielorrusso: uma notificação sobre informação ilegal aparece na página: “Este material foi bloqueado no território da Bielorrússia por decisão do Ministério da Informação da República da Bielorrússia”.
Vale a pena mencionar que no ano passado o Ministério da Informação bloqueou vários sites de notícias de oposição liberal que recebiam centenas de milhares de visitantes todos os dias. Além disso, no fim de 2016 o governo Bielorrusso implementou com sucesso um bloqueador da rede Tor, levando a uma queda de 50% de usuários¹.
A Bielorrússia ainda não chegou ao nível da China em termos de censura na Internet. Ainda existem sites de oposição funcionando, no entanto, a tendência aponta para a possibilidade de estarmos há poucos anos de distância da censura total. Isso também é provado com a nova lei de mídia de massa que poderá ser aprovada em Abril, que diminui ainda mais a possibilidade de mídias sociais não-governamentais operarem. Uma das demandas dessa nova lei é a obrigação de que cada usuário que publica um comentário seja identificado.
Quanto ao nosso coletivo – apesar de o site estar bloqueado e acessível apenas pelo navegador Tor, usando VPN – na Bielorrússia o número de usuários está crescendo constantemente. Por enquanto nós temos aproximadamente 110 usuários novos por dia, apenas no site. Nossas páginas nas redes sociais (Facebook, Twitter, Telegram, Diaspora) possibilitam que as pessoas sigam as atividades do movimento anarquista, e nós continuamos na luta com esperança de que você possa nos acompanhar também!
Você também pode nos ajudar na luta contra a censura fazendo uma doação, que será utilizada para aumentar as possibilidades de mídia e reforçar as atividades offline:
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Tradução > Juliana T.
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