[Chile] Palavras de Mónica, Joaquín, Marcelo, Juan e Francisco frente ao ataque repressivo do Estado contra os companheiros prisioneiros em Santiago 1 e San Miguel.

A realidade carcerária é constituída por uma permanente tensão onde entram em jogo, de maneira inevitável, nossas convicções e a certeza de nosso posicionamento a todo momento.

Esta realidade implica ter sempre presente que o carcereiro pode dispor de nossas vidas a qualquer instante e que nossa fortaleza está precisamente em ter a certeza que enfrentaremos cada uma dessas situações adversas sempre dignos.

Aumento de restrições, translados e sanções são parte destas imposições que hoje afetam nossos companheiros presos no cárcere-empresa Santiago 1 e a companheira Itamar no CPF de San Miguel.

A companheira hoje na zona de castigo se vê frente a ameaças de translado e as artimanhas rasteiras de uma carcereira com pretensões de aparecer. É necessário enfatizar que esta situação se deve a que a companheira em conjunto com outras presas na torre 5 difundiram as práticas abusivas por parte das carcereiras nas invasões, em uma clara atitude de luta de confronto.

Os companheiros, por sua parte, se encontram lutando por sua reagrupação assim que o tirarem do módulo 1 com a desculpa de desmantelá-lo e os dividiram por diferentes dependências encontrando-se hoje vários no módulo 88 de castigo.

Ambas situações são, sem dúvida, parte da luta cotidiana no cativeiro com um evidente caráter anticarcerário na medida que se opõem abertamente aos ditames dos verdugos e suas pretensões de dirigir nossas vidas.

A luta dentro das prisões necessariamente devem ter eco em todos os espaços conscientes e antagônicos e ir em sintonia com o confronto de rua, pelo que o chamado é para intensificar a solidariedade revolucionária com nossos companheiros que hoje se encontram levando a cabo estas lutas específicas contra a repressão direta que hoje vivem sob a social fascista administração de Boric.

A seguir construindo práticas anticarcerárias articuladas desde a autonomia nos diversos espaços e territórios de luta onde por nossa vontade e consciência nos expomos a viver o cárcere como circunstância nem querida nem buscada mas inevitável no longo caminho pela liberação total.

Solidariedade revolucionária e cumplicidade insurreta com todos os presos em guerra!

Presos anarquistas, subversivos, mapuche fora dos cárceres agora!!

Até destruir o último bastião da sociedade carcerária!!

Mónica Caballero

Juan Aliste

Marcelo Villarroel

Joaquín García

Francisco Solar

Cpf de San Miguel, Santiago.

Cárcere empresa La Gonzalina de Rancagua

Princípios de Junho de 2023.

Território ocupado pelo estado chileno

Tradução > Sol de Abril

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