1º de Maio Global 2024: Chamado à Ação

A ideologia do crescimento econômico contínuo dita tudo. Grandes proprietários de terras, donos de fábricas e investidores – como parte da classe dominante – garantem que seu próprio poder e riqueza sejam protegidos às custas das pessoas da classe trabalhadora e da natureza. Alguns exemplos: Luta contra a mineração nas colinas de Sperrins, lutas trabalhistas em fábricas de vestuário em todo o mundo e pessoas que lutam contra os impactos das mudanças climáticas, especialmente no sul global.

Ao mesmo tempo, o chamado capitalismo verde continua sendo capitalismo. Trabalhadores rurais, pequenos agricultores e pescadores (camponeses) no nordeste do Brasil estão sendo expropriados de suas terras e do acesso ao mar por projetos de energia renovável, especialmente parques eólicos offshore. Tudo isso sob o verniz de uma transição energética sustentável que reproduz a lógica colonizadora de mais de 500 anos.

As migalhas que eles nos jogam quando estão contra a parede devido à reação organizada são dadas para nos silenciar e nos distrair do verdadeiro inimigo: o capitalismo, um sistema econômico que produz guerra em escala regular. Atualmente, podemos observar um enorme aumento nos conflitos militarizados em todo o mundo. Os governos de todos os lugares estão aumentando os gastos militares às custas da seguridade social, ou seja, da classe trabalhadora. As guerras declaradas pelos estados-nação são um ataque à classe trabalhadora.

Afinal de contas, são as pessoas da classe trabalhadora que são traumatizadas e mortas nos campos por interesses geoestratégicos, imperialistas e capitalistas, principalmente em Gaza, onde uma frente unida de sindicatos está conclamando os trabalhadores de todo o mundo a não participarem da fabricação de armas para as Forças de Ocupação de Israel.

De fato, condenamos qualquer produção ou transporte de armas que sirvam para exterminar pessoas a serviço de interesses capitalistas, como em Mianmar. Os orçamentos da polícia também estão sendo ampliados para levar a guerra aos trabalhadores, sem-teto e sem-terra, enquanto a terra e a moradia são mercantilizadas e roubadas. Para nós, não existe outra guerra senão a guerra de classes!

O Primeiro de Maio é uma oportunidade maravilhosa de conectar nossas ações em todo o mundo e praticar a solidariedade. Deveria ser um feriado pago em todo o mundo!

Estamos convencidos de que o que é necessário agora é a criação de uma resistência organizada no local de trabalho e na comunidade e um aumento da solidariedade local e global para atingirmos efetivamente nossos objetivos, tanto a curto quanto a longo prazo.

Uma luta globalmente unida por uma semana de trabalho de 30 horas com salário integral para todos pode ser uma etapa crucial na transformação econômica e social revolucionária.

Agora é o momento de construir ativamente a resistência de base em nossos sindicatos, no local de trabalho, em nossas comunidades, nos piquetes e nas ruas, e nas linhas de frente onde os trabalhadores estão se mobilizando.

Em todo o mundo, nós, revolucionários, sindicalistas e trabalhadores, devemos organizar a luta dentro dos respectivos sindicatos em solidariedade, usando táticas comprovadas como as de apoio mútuo, ação direta e auto-organização.

Convocamos a solidariedade global da classe trabalhadora e os trabalhadores que estão trabalhando no Primeiro de Maio a entrarem em greve!

Atualmente, os trabalhadores de uma fábrica de equipamentos esportivos na região de Yangon (Myanmar), chamada Very Impressive Prospect (VIP), estão lutando contra a repressão sindical e condições de trabalho miseráveis. Eles produzem para marcas como Wilson Sporting Goods (EUA), Bianchi (Itália) e BH Bikes (Espanha). Vamos usar o Primeiro de Maio para também pressionar essas marcas a resolver o conflito no interesse dos trabalhadores.

#globalmayday2024 #1world1struggle

globalmayday.net

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Quando me canso da paisagem
Do leste, viro a cadeira
Para oeste.

Paulo Franchetti

[EUA] Mumia faz 70 anos | Aniversário da Resistência

Na quarta-feira, 24 de abril de 2024, o prisioneiro político Mumia Abu-Jamal, que está preso há 42 anos, completará 70 anos de idade. Você está convidado para o evento do movimento “Birthday of Resistance” (Aniversário da Resistência), que destacará organizações, ativistas, organizadores e apoiadores, falando sobre a necessidade imediata da libertação de Mumia! Serão abordadas questões que Mumia defendeu nas últimas quatro décadas, incluindo: abuso de idosos e negligência médica nas prisões; libertação de todos os presos políticos; libertação da Palestina e de todos os povos oprimidos em todos os lugares, incluindo o Congo, o Haiti e o Sudão; fim das guerras; e muito mais.

Além disso, haverá falas de solidariedade de uma série de oradores, inclusive do apoio internacional de décadas da agrupação francesa de apoio à Mumia. Haverá também uma apresentação do artista de hip hop Ellect.

O evento terá início às 14h na estátua de Octavius Catto, localizada no lado sul da Prefeitura da Filadélfia. Será uma manifestação para ir às ruas com essas mensagens importantes.

Em seguida, haverá um programa à noite, às 18h, na igreja Waters Memorial AME (portas abertas às 17h), localizada na 609 Clifton St. (entre a 11th e a 10th Street na South St.). Esse evento contará com mais palestrantes, comentários especiais e surpresas!

ORADORES DO DIA 24 DE ABRIL:

Mama Pam / Marc Lamont Hill / Mike Africa Jr. / Johanna Fernandez / Chairman Fred Hampton Jr. / Lumumba Bandele / Larry Hamm / Kalonji Jama Changa / Robert Saleem Holbrook / Kempis “Bro. Ghani” Songster / Suzanne Ross / Black Panther Women Collective / Samidoun Palestinian Prisoner Solidarity Network

E MAIS FALAS SOBRE UNIÃO E RESISTÊNCIA!

Comentários especiais de: Cornel West, Vijay Prishad, Laura Whitehorn, Charles Barron e o juiz Wendell Griffen

Para obter mais informações, acesse linktr.ee/Mumia

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/04/11/suica-berna-manifestacao-em-frente-a-embaixada-dos-eua-mumia-livre-ja/

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No espaço, um brilho
qual uma folha viva:
O grilo.

Edércio Fanasca

Curto e grosso: Lula é hipócrita, serviçal, pelego…

[Itália] Ilaria Salis, presa na Hungria, é uma de nós

Ela se rebelou contra um sistema que, onde quer que exista no mundo, nos torna escravos do trabalho: oito, dez horas por dia para pagar as contas; que nos faz viver como trabalhadores precários sem nunca ter a segurança de uma vida digna desse nome; que não nos dá a possibilidade de assistência médica; que nos faz existir sem uma cultura real e educação para todos; um sistema que polui e destrói um planeta inteiro em nome do dinheiro e do poder. Um sistema que produz guerras e fome em todo o mundo.

Ilaria Salis está na prisão hoje porque disse não a tudo isso. Um mundo melhor pelo qual Ilaria luta é o mundo que cada um de nós gostaria para nós mesmos, nossos semelhantes e nossos filhos.

Mas os senhores do mundo que querem dominação e poder não nos permitem lutar por um mundo melhor sem exploração, guerras, miséria e desigualdade: aqueles que ousam fazer isso são reprimidos, como aconteceu com Ilaria Salis.

POR TODAS ESSAS COISAS HOJE EM NÁPOLES, NA PONTE SANITA, A SOLIDARIEDADE PARA ILARIA FOI MANIFESTADA NOS PODERES DO ESTADO FASCISTA E CAPITALISTA HUNGARO.

A Hungria está na UE desde 2004, os governos, inclusive o italiano, que fazem parte da UE, estão mantendo um país com um governo que defende seus nazistas e mantém uma mulher antifascista algemada e escrava, portanto, todos esses governos, em essência, são semelhantes. E são os mesmos governos que fingem comemorar a suposta derrota dos nazifascistas na Europa; na verdade, os homens encapuzados do governo húngaro que apoiam os nazistas, que ameaçam violentamente os advogados de Ilaria até mesmo no tribunal, são a mesma coisa. A democracia ostentada pelos governos europeus nada mais é do que uma forma de governo que também usa nazifascistas para reprimir todas as formas de dissidência. Como também é o caso aqui na Itália, com a repressão ao movimento trabalhista, aos estudantes, aos sem-teto e a todos aqueles que lutam contra todas as guerras do mundo e ao lado do povo palestino.

LIBERDADE PARA ILARIA!

Grupo Anarquista “Francesco Mastrogiovanni” de Nápoles – FAI

Tradução > Liberto

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/03/29/hungria-ilaria-salis-continua-na-prisao-para-o-tribunal-de-budapeste-ainda-existe-risco-de-fuga/

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/03/22/hungria-ilaria-salis-vai-julgamento-por-antifascismo/

agência de notícias anarquistas-ana

Imenso jardim,
e sobre flores diversas
enxame de abelhas…

Analice Feitoza de Lima

Chega de presos políticos em Cuba!

Este breve vídeo descreve a atual situação dos direitos humanos em Cuba.

Ele inclui fotos de alguns dos prisioneiros políticos, a maioria dos quais foi detido e severamente condenado por sua participação nas manifestações que ocorreram em toda a ilha em julho de 2021.

  • 1067 presos políticos.
  • 113 mulheres e dois transexuais.
  • 30 menores de idade.
  • Uma média de 14 novos presos políticos por mês.
  • Cuba tem a segunda maior taxa de encarceramento do mundo em relação à sua população total.
  • 11.000 casos de sentenças “preventivas”. Existe uma lei em Cuba que permite que qualquer pessoa suspeita de cometer um delito seja presa e encarcerada, o que obviamente autoriza todos os tipos de abusos, especialmente em um sistema ditatorial como o regime castrista.

Além de tudo isso, é claro, há a total ausência dos direitos mais fundamentais – liberdade de expressão, de reunião, de associação, de sindicalização etc. – todos os direitos desfrutados em outros lugares por aqueles que apoiam esse regime.

>> Veja o vídeo aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=J8UYrfvMVSM

Fonte: https://florealanar.wordpress.com/2024/04/10/plus-un-seul-prisonnier-politique-a-cuba/

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Ainda que tombe
Depois de tanto andar e andar –
Campo de lespedezas.

Kawai Sora

[Espanha] lançamento: “Antología Élisée Reclus | La conciencia de la Tierra”

Edição de José Carlos Lechado

A antologia da obra de Élisée Reclus. A geografia social como um instrumento de teoria política.

Esquecida durante grande parte do século XX, a geografia social de Élisée Reclus está agora sendo reavaliada. Seu pensamento crítico original combina ciência e teoria política para explicar a interação entre fenômenos naturais e sociais ao longo do tempo. Usando um método dialético de análise da sociedade humana, Reclus descreve processos contraditórios de evolução e revolução que não são necessariamente resolvidos no advento do comunismo, a única forma de sociedade capaz de estabelecer harmonia entre o ambiente natural e a humanidade, e entre a organização social e a liberdade individual. Em oposição ao comunismo autoritário e ao anarquismo individualista, Reclus atribui um papel fundamental à moralidade e ao livre-arbítrio dos seres humanos no esforço revolucionário coletivo que levará à anarquia, a “mais alta expressão da ordem”. Os textos selecionados nesta edição são uma amostra dos diferentes aspectos da proposta revolucionária desse prolífico autor, cuja obra visionária nos convida a renovar a maneira como enfrentamos os desafios políticos, sociais e ecológicos do século XXI.

Antología Élisée Reclus

La conciencia de la Tierra

Élisée Reclus

Edição de José Carlos Lechado

ISBN 978-84-1352-958-5

Páginas 160

15,50 €

catarata.org

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Luz prateada de noite cheia.
Lua clareando.
Reflexo de gaivotas.

Sílvia Mera

Dia Internacional em Memória dos anarquistas e antifascistas que morreram na guerra na Ucrânia

No dia 19 de abril será realizado o Primeiro Dia Internacional em Memória dos anarquistas e antifascistas que morreram na guerra na Ucrânia

Os responsáveis do canal МЕМОРІАЛ (MEMORIAL), dedicado à memória dos anarquistas e antifascistas mortos na guerra na Ucrânia, apelam à adesão ao Primeiro Dia Internacional da Memória, em 19 de abril:

“Organize eventos comemorativos, como exibição de filmes, debates, palestras, reuniões, concertos, concentrações, manifestações, ataques de propaganda – o que for mais adequado para você e suas circunstâncias. Lembre-se de nossos caídos! Continue seu caminho para a liberdade!”

Fonte: https://t.me/anarchistmemorial/127

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Olha o velho lago –
Após o salto da rã
O barulho da água.

Matsuo Bashô

[Espanha] Ato de homenagem e sepultamento dos 199 corpos recuperados em Valladolid

A ARMH-Valladolid (Associação para a Recuperação da Memória Histórica) realizará um ato de homenagem e sepultamento dos 199 corpos recuperados nas escavações realizadas durante as campanhas 2019-2021 e 2022-2023, no domingo, 14 de abril, às 12h, no cemitério Carmen. Entre os restos mortais identificados está nosso companheiro Emilio Pedrero Mardones, fuzilado em 2 de junho de 1938 no paredão do campo de San Isidro de Valladolid e enterrado na vala comum número 7 no mesmo cemitério.

Emilio Pedrero Mardones, nascido em León em 1911, era um jovem alto, com mais de 1,90 m de altura. Ficou órfão muito jovem e, junto com suas duas irmãs, foi deixado aos cuidados de sua tia. Estudou medicina em Valladolid, onde ingressou na FUE e, como médico, tornou-se membro da CNT-FAI. Ele era muito apreciado não apenas dentro do movimento anarquista em Valladolid, mas também fora dele, por sua dedicação e generosidade.

Quando ocorreu o golpe de 18 de julho de 1936, Emilio percebeu que Valladolid estava nas mãos dos sublevados. No mesmo dia 18 de julho, um grupo de falangistas arrombou a porta da sede da CNT e a incendiou. Emilio escapou e passou 14 meses escondido em uma caverna na encosta da Marquesa e em um quarto sem ventilação na casa de uma família, que lhe ofereceu refúgio em troca de quantias em dinheiro. Finalmente, sua tia em León não podia mais arcar com esse custo.

Em 23 de setembro de 1937, Emilio saiu para a rua, foi imediatamente reconhecido, preso e assim começou a segunda parte de seu calvário até ser fuzilado.

Desde a secretaria de cultura da SOV, convocamos a militância, bem como todas as pessoas que acreditam em uma sociedade sem autoridade, sem Estado, sem exploração, de homens livres, a participar da homenagem ao nosso companheiro Emilio Pedrero Mardones, bem como a outros companheiros anônimos que foram vilmente assassinados pelos fascistas por acreditarem nas ideias anarquistas.

Participar do evento é uma lembrança daqueles que nos antecederam na ideia e também uma reafirmação de que nossas convicções continuam com força pelo caminho que eles traçaram.

cnt.es

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Quietude na sala
Apenas rompida
Pelo perfume da rosa.

Ignez Hokumura

[EUA] O que esperar quando você espera Repressão

Por William Gillis

A maioria das pessoas radicalizadas nos últimos anos através da internet, não tem conhecimento algum sobre com o que se parece séria repressão estatal, e essa falta de preparo me assusta pra valer.

Batidas da SWAT, sequestros, estupros, locais clandestinos de tortura, execuções falsas… aqueles entre nós, anarquistas da época das lutas anti-globalização experienciamos um vasto repertório de repressão estatal. As traumáticas histórias de nossos amigos construiu um conhecimento tático que não tem sido transmitido na sua totalidade para as gerações advindas da internet.

Não tenha dúvida, é sempre uma questão de tempo. As batidas virão.

Execuções de mandatos para batidas domésticas normalmente acontecem nas primeiras horas da manhã, quase sempre envolvem rifles de assalto apontados e granadas flashbang. Um movimento favorito é capturar ativistas vestindo apenas a roupa de baixo ou nada, amarrar seus braços e pernas, e os deixar horas no frio.

Deveria estar implícito, mas obviamente quando policiais invadem casas de famílias eles não contém sua brutalidade quando encontram crianças pequenas. Jogando spray de pimenta em crianças na frente de seus pais imobilizados, jogando-os de rosto no concreto, etc.

Um truque recorrente que os policiais adoram, é arrebentar a porta com o time da SWAT e então imediatamente ameaçar todos os residentes com prisão se continuarem vivendo em uma residência insegura, que não está dentro das normas municipais (pois a porta está quebrada).

Os policiais são honestamente fantásticos em encontrar maneiras estranhas de abusar de supostas limitações. Então, por exemplo, se eles só podem te deter sem acusações durante dois dias comerciais, eles vão invadir sua casa na sexta-feira à noite, e quando te soltam na Quarta prontamente te prenderão novamente sem acusação alguma.

Batidas são primariamente punitivas, então qualquer coisa facilmente quebrável na sua casa será quebrada. Também espere cada dispositivo eletrônico e peça de roupa sua ser levado como “evidência” e apreendida por anos.

Nos tempos atuais de policiais que trabalham lado a lado com gangues de rua fascistas, tipicamente vão ativamente propagandear as prisões de pessoas de esquerda ou anarquistas e espalhar a informação; tipicamente seguidas de ataques de fascistas à casa. Janelas quebradas, animais de estimação alvejados, etc. Na Hungria a polícia fazia batidas *junto* com os neonazistas, explicitamente prometendo a jovens punks que se eles continuassem no país, seriam assassinados.

Lembre-se é claro, que a polícia prisões da polícia geralmente não tem nada a ver com qualquer tipo de comportamento criminoso. Não é incomum que eles te deixem livre, depois que eles destruírem a sua casa, te sequestrando e torturando por que eles se recusam a apresentar qualquer acusação (já que não existe acusação nenhuma).

Outra opção, é registrar absolutamente cada mínima coisa que eles conseguem imaginar para usar contra você e te apavorar. Por exemplo, meu amigo Pax foi acusado de 72 delitos (cada um dos vandalismos que aconteceram com um banco específico, num intervalo de dois anos e em três estados diferentes) … que acabaram se tornando uma acusação de contravenção.

Não se surpreenda quando a polícia violar seus direitos de maneira agressiva e mesmo pública; isso é calculado. Departamentos de polícia tem valores imensos de seguro guardados justamente pra conseguir te pagar de volta, muitas vezes anos depois.

Por exemplo, o FBI usou uma bomba caseira como justificativa para julgar e assassinar o quadro da IWW, Judi Bari em 1990. Anos depois, sua família ganhou várias causas, mas ele já estava morto. A polícia de Oakland ou o FBI não encararam nenhuma consequência negativa exceto a perda de um pouco de dinheiro, eles *esperam* esse tipo de resultado.

Nós podemos, é claro, voltar mais para trás, até o bombardeio ao movimento MOVE quando a polícia lançou uma bomba de um helicóptero e destruiu um bloco inteiro de residências para atingir um grupo. Ou os inúmeros assassinatos de estudantes/ativistas na mesma época.

É importante notar que esses atos extremos de execução de ativistas pela polícia ainda vivem na memória (não apenas dos sobreviventes) mas também dos executores. O ex-Chefe de Polícia de Portland Mark Kroeker, nos anos 1970 deu ordens para p esquadrão tático marchar espancando/assassinando ativistas cantado “matar matar matar”… No começo dos anos 2000 ele foi nomeado Chefe da Polícia de Portland, para mais tarde treinar a polícia e militares de Israel e da Libéria em táticas repressivas, e mais tarde como chefe de segurança das Nações Unidas.

Nenhum dos policiais responsáveis pelos assassinatos/torturas e desaparecimentos do passado tiveram que encarar qualquer consequência, eles continuam aqui.

E os raríssimos casos de policiais demitidos de uma delegacia por crimes brutais, invariavelmente foram recontratados por outras delegacias.

Pense em todas as atrocidades cometidas pela polícia desde os anos 60, te parece um passado distante? Os perpetradores continuam usando farda. Eles são RESPEITADOS por seus atos.

Em Portland, Mark Kruger, o policial que foi pego literalmente fazendo um altar nazista em um parque, não só manteve sua farda, ele foi nomeado para comandar a força tarefa anti-gangues, que nitidamente evitava prejudicar as várias gangues de supremacistas brancos que controlam a maior parte de East PDX.

Ser anarquista é um caminho perigoso. O perigo desse compromisso não é tão evidente para as pessoas que se tornaram anarquistas através da internet. Mas um grupo aleatório entre vocês VAI ser alvo da polícia, provavelmente só por algo idiota como ter uma conta no twitter. E você precisa estar mentalmente preparado.

Eu me preocupo bastante que as pessoas, paranoicas e traumatizadas, entrem em pânico e tentem reagir em um vácuo de informação. A melhor maneira de evitar isso é fazer planos hoje, para quando as batidas vierem. Aqui estão alguns preparos muito simples, mas importantes que você pode considerar:

1) Tenha um USB criptografado escondido/enterrado fora da sua casa (você pode usar algo como keepass ou veracrypt dependendo do que precisar) para fazer backup de informações como senhas que você vai precisar uma vez que todos seus dispositivos eletrônicos forem destruídos ou apreendidos por anos como evidência.

2) Ative criptografia total de disco em todos seus dispositivos. Use senhas que sejam únicas e longas; como sete palavras escolhidas aleatoriamente no dicionário. Mantenha esses dispositivos desligados quando não estiverem ativamente em uso. Se forem apreendidos enquanto estão criptografados, serão inúteis para a polícia.

3) Escreva um documento resumindo o que você precisa que seja feito quando você estiver na prisão (por ex: alimentar seus gatos, fotos de todos eles pro caso da polícia deixá-los fugir e precisarem ser encontrados, como pagar seu aluguel, contatar seu trabalho, questões médicas, planos de defesa legal, etc.)

4) Faça planos pessoais com seus amigos de confiança, garanta um sofá onde dormir quando sua casa for destruída, etc. Entregue a eles documentos com planos e cópias de USBs. (Uma maneira de proteger um USB criptografado é dar partes diferentes da senha para diferentes amigos, assim eles precisam colaborar para descriptografá-lo no evento da sua prisão ou assassinato).

5) Essa também pode ser a hora de pedir para um amigo guardar certa quantidade de produtos básicos que você pode precisar depois da swat destruir todas as suas coisas ou levá-las como evidência (no caso deles serem capazes de pagar sua fiança), um par extra de roupas do seu tamanho, etc.

6) Você também pode enterrar volumes em áreas verdes para armazenar planos / necessidades básicas / USBs criptografados! Obviamente: Não leve seu celular ou outro aparelho com GPS quando estiver fazendo isso.

7) Se você tem todo dinheiro do mundo é válido manter um advogado de sobreaviso e uma boa quantia de dinheiro para pagar sua fiança (lembre-se de não deixá-lo em uma conta bancária que possa ser bloqueada ou local onde possa ser retido como evidência).

8) Faça planos avançados e concretos com seus amigos e outras pessoas radicais na região sobre (a) como lidar com quando os infiltrados finalmente forem expostos, (b) como coordenar a defesa legal de todos. Pois, caguetar os outros em delações? SÃO O PIOR NEGÓCIO.

Obviamente que em muitos casos você não pode se preparar para acusações específicas pois eles podem jogar qualquer bobagem aleatória contra você. “Conspiração criminosa para atravessar a rua fora da faixa de pedestres para promoção do terrorismo”. Mas isso é o suficiente para uma investigação RICO, júris, e casos que duram anos. Toda leva de batidas e invasões é sempre absurda e desconexa da realidade. Você vai descobrir que sua manicure e bibliotecários eram policiais infiltrados, seu ex se torna uma testemunha do estado, eles tem uma gravação sua fazendo piada sobre atravessar a rua fora da faixa de pedestre. Não se preocupe muito com os detalhes.

Você nem sempre pode se preparar para as especificidades, mas pode se preparar de modo geral. É importante ter em mente quais são as expectativas e medidas da comunidade. Não deveria ser uma surpresa descobrir que, por exemplo, “nós nunca falamos em júris” é uma regra da comunidade.

Finalmente; (mais específico para o contexto atual) espere que os policiais te doxem para que reacionários te executem. Eles vão postar sua foto, o endereço da sua casa, número de telefone, e você vai ganhar 100.000 boomers idiotas da Fox News te ligando e neonazistas dando tiros contra a sua casa.

A pior coisa que você pode fazer em uma crise é se paralisar, tratar cada novo acontecimento ou complicação como algo absurdamente imprevisível. Não perca seu tempo enunciando o que acabou de acontecer com seus amigos. Siga seus planos. Um bom plano pode salvar sua sanidade.

Fonte: https://c4ss.org/content/59526

agência de notícias anarquistas-ana

Ao fim da árdua trilha
A cidade e seu castelo –
Pipas incontáveis.

Tan Taigi

[Espanha] Apresentação das HQ’s de Rubén Uceda

Na próxima sexta-feira, 12 de abril, às 19h30, no local da CNT ELX, C/ San Roque 7 bajo Bº Raval, será realizada a apresentação dos quadrinhos El corazón del sueño. Verano y otoño de 1936, Casilda revolucionaria y Negras tormentas, de seu autor Rubén Uceda. Também falaremos sobre o restante de suas obras.

Rubén Uceda, um artista de quadrinhos de Madri que trabalhou para e a partir do mundo rural, criando quadrinhos contra o esquecimento e pela construção de um imaginário anticapitalista. Seus trabalhos incluem Vahídos (2008), El Decapital. Tratado sobre el divino consumo (2013), El corazón del sueño. Verano y otoño de 1936 (2014), Versoñetas (2014; republicado em 2023 com o título V de Versoñeta), Atado y bien atado (2018), La huerta (2020), Casilda revolucionaria (2022), Negras tormentas (2022) e Antes del futuro (2023).

Te convidamos.

CNT ELX

CNT CREVILLENT

agência de notícias anarquistas-ana

O ar tremeluz –
A areia sobre o rochedo
Vai caindo aos poucos.

Hattori Tohô

[EUA] Lançamento: “Por uma sociedade ecológica”, de Murray Bookchin

Dan Chodorkoff (Prólogo)

Ensaios visionários de um dos fundadores do movimento ecológico moderno.

Nesta coleção de ensaios, a visão de Murray Bookchin por uma sociedade ecológica permanece central, enquanto ele aborda questões como urbanismo e planejamento urbano, tecnologia, autogestão, energia, utopismo e muito mais.

Durante todo o tempo, ele se opõe aos esforços para reduzir a ecologia a um “ambientalismo” desdentado, uma tarefa vital tanto hoje, como quando estes ensaios foram publicados pela primeira vez. Escritos entre 1969 e 1979, os ensaios desta coleção representam um período fascinante e fértil na vida de Bookchin. Ao sair da promessa não cumprida dos anos 60 e ao tentar desenvolver uma crítica revolucionária da vida social, que evitasse as armadilhas do marxismo, ele entrava em seu auge intelectual criativo. Ele estava estabelecendo as bases de uma ecologia verdadeiramente social: uma sociedade baseada na descentralização, na interdependência, na autogestão democrática, no apoio mútuo e na solidariedade.

Apresentadas com clareza e fervor, estas obras-chave contêm o cerne de preocupações que o ocupariam até sua morte em 2006. Esta edição também inclui um novo prefácio de Dan Chodorkoff, alguém que esteve com Bookchin na fundação do Instituto de Ecologia Social e que entende seu trabalho melhor do que ninguém.

Elogios a “Por uma Sociedade Ecológica”:

“Como ecologista social ainda enraizado em espaços limitados pela tradição de ‘esquerda’, nunca me pareceu tão importante, que todos aqueles que se autodenominam ‘revolucionários’, se debatam com as ideias de Murray Bookchin. Seu desafio para os que buscam a liberdade – expandir sua crítica para dominação social e hierarquia de forma mais ampla – traz visões para o futuro da humanidade que são cruciais demais para serem ignorados. Esses ensaios servem como uma introdução incrível às ideias de Bookchin e falam sobre os desafios deste momento.”

— Z, cofundador dos Socialistas Negros na América

“Bookchin é capaz de análises históricas penetrantes e profundamente indignadas. Outra coleção estimulante.”

— In These Times

Murray Bookchin (1921–2006) foi uma voz importante nos movimentos ecológicos, anarquistas e comunalistas por mais de cinquenta anos. O seu ensaio inovador “Ecologia e Pensamento Revolucionário” (1964) foi um dos primeiros a afirmar que o espírito do ‘crescer ou morrer’ do capitalismo, estava numa rota de colisão perigosa com o mundo natural, que incluiria a devastação do planeta pelo aquecimento global. Bookchin é autor de “A Ecologia da Liberdade”, entre duas dezenas de outros livros. Ele nasceu em Nova Iorque.

Dan Chodorkoff é um escritor e educador e cofundador do Instituto de Ecologia Social junto com Murray Bookchin. Ele recebeu seu doutorado em antropologia cultural pela New School for Social Research e é autor de vários livros, incluindo “The Anthropology of Utopia: Essays on Social Ecology and Community Development” e o romance de 2022 “Sugaring Down“. Ele recebeu uma bolsa da Fundação Wenner-Gren para pesquisas antropológicas e em 2015 recebeu o Prêmio Presidencial de Ativismo da Goddard College.

Toward an Ecological Society

Murray Bookchin (Autor); Dan Chodorkoff (Prólogo)

Publicação: AK Press

Páginas: 320

ISBN-13: 9781849354448

$16.50

akpress.org

Tradução > meiocerto

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Marchando no tempo,
antes de tudo e após tudo,
soberbo, o silêncio.

Alexei Bueno

[Espanha] Abaixo os muros das prisões

“Abaixo os muros das prisões” é um slogan recorrente usado pelo movimento antiprisão em seu apelo para acabar com as prisões como uma ferramenta do Estado opressor. Longe de parecer uma ideia obsoleta, esse slogan é mais atual do que nunca, já que o uso de prisões se espalhou e se massificou em todo o mundo, sem redução da criminalidade. Vinte e três anos após o início do novo século, já batemos todos os recordes de número de pessoas encarceradas no mundo, quase 12 milhões. Dessas pessoas, um terço é inocente, ou seja, ainda não foram julgadas e consideradas culpadas. Esse fato alarmante nos leva a outro não menos alarmante, o impacto direto da prisão sobre 23 milhões de crianças, ou seja, 1% de todas as crianças do mundo tem um dos pais na prisão.

A punição que nasceu como uma humanização do castigo, com o objetivo de disciplinar os corpos para o sistema capitalista e o heteropatriarcado, agora se tornou uma forma de neutralização da pessoa presa por meio da vingança. As condições de vida impostas pela prisão afetam negativamente todos os aspectos da vida humana e, preferencialmente, as pessoas mais excluídas pelo sistema econômico predatório. O colonialismo capitalista gera uma desigualdade extremamente violenta e a maneira de administrar o empobrecimento que ele gera é temporariamente, ou não tão temporariamente, “livrar-se” desse “desperdício”. É por isso que milhões de pessoas empobrecidas, racializadas, emocionalmente angustiadas, usuárias de drogas problemáticas, despejadas e abandonadas são mantidas atrás de muros altos, fora das cidades, fortemente vigiadas pela polícia…

Além disso, podemos ver que essa punição é aplicada de forma desigual, pois as prisões estão cheias de pessoas pobres, com uma super-representação de certos grupos (estrangeiros, racializados, indígenas, deficientes etc.). A construção social do criminoso nos impede de ver como tal as pessoas que lucram com a exploração do trabalho alheio, que estão listadas no IBEX-35 e cujos danos sociais e econômicos são de enormes proporções. Por outro lado, a discriminação e a seletividade penal funcionam perfeitamente bem com aquelas pessoas não normativas, ou que vivem nas periferias, com tons de pele mais escuros, não condizentes com sua realidade.

A prisão também é sinônimo de violência, a violência implícita e explícita de um sistema baseado na dor, na punição e na vingança. Mesmo a melhor prisão é substancialmente inaceitável, gerando indignidade humana. A prisão é uma punição que não reintegra, pois a maior parte do orçamento utilizado é gasta em medidas de segurança e as taxas de reincidência são altas devido à sua natureza criminogênica (ou seja, reproduz o crime); que empobrece a maioria, pois quando as pessoas saem da prisão, elas terão perdido seus empregos e seus bens (se os tinham) e, em alguns casos, até mesmo suas famílias; que adoece as pessoas, pois as condições de encarceramento causam doenças físicas e psicológicas, muitas das quais irreversíveis; pune os inocentes, pois a pena é estendida a toda a família e a pessoas próximas que não cometeram nenhum crime; estigmatiza, dificultando muito o retorno das pessoas ao seu local de origem; não repara a vítima, pois se baseia fundamentalmente na vingança e não na responsabilização ou na reparação do dano; reproduz a violência, pois é parte inseparável das instituições totais e não poderia funcionar sem ela. A isso se poderia acrescentar um longo etc.

Atualmente, em nosso país, a prisão foi dividida em outras realidades espelhadas chamadas Centros de Internamento de Estrangeiros (CIEs). Autênticos campos de concentração modernos onde as pessoas são condenadas ao confinamento sem terem cometido nenhum crime. Lugares sem direitos e de expressão máxima do poder punitivo do Estado, onde o direito humano de circular livremente e escolher residência no território de um país é restringido. É por isso que também é importante exigir o fechamento dos CIEs e o direito de migrar com segurança.

Sabemos que todos esses muros não cairão sozinhos, eles precisam ser derrubados e alternativas devem ser criadas para resolver as causas, os conflitos e reparar os danos. Nesse meio tempo, o uso da prisão deve ser reduzido à sua expressão mínima para que um dia ela desapareça. Como podemos fazer isso? Algumas propostas incluem a ampliação das concessões de terceiro grau, o aumento das penas alternativas e o fim da violência extrema do primeiro grau ou do confinamento solitário; ou a legalização e regularização da produção, distribuição, venda e consumo de drogas; o incentivo à justiça transformadora; o compartilhamento da riqueza e a redução das condições de empobrecimento com a renda básica dos iguais… Tudo isso só será possível com mais organização, comunidade e apoio mútuo. É aqui que estamos, em construção.

Alicia Alonso Merino

Fonte: https://tokata.info/abajo-los-muros-de-las-prisiones/?

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

velhinha na janela
todo mundo que passa
é visita pra ela

Ricardo Silvestrin

[Suíça] Berna: Manifestação em frente à Embaixada dos EUA | Mumia Livre Já!

LIBERTEM MUMIA – LIBERTEM TODOS!

Na quarta-feira, 24 de abril de 2024, o jornalista e prisioneiro político afro-americano Mumia Abu-Jamal completará 70 anos. O Pantera Negra passou 42(!) anos na prisão. Da prisão, ele lutou contra o racismo, a exploração e a guerra e publicou onze livros, entre outras coisas. Esses livros, textos e programas de rádio são parte integrante do movimento abolicionista. Nem os 29 anos de confinamento solitário nem as ordens de execução jamais o impediram de ser a “Voz dos Sem-Voz”.

Alguns dizem que não é razoável resistir a esse sistema violento. Eu acho que não é razoável não o fazer.” (Mumia Abu-Jamal).

Vamos honrar as conquistas da vida de Mumia até agora!

Juntos contra o racismo, a exploração e a guerra!

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

18 horas

Manifestação em frente à Embaixada dos EUA

Sulgeneckstrasse 19

Berna

agência de notícias anarquistas-ana

Andando sozinho
De repente uma companhia —
Borboleta azul

Clóvis Moreira Santos

Tradução • Ajuda • Colaboração

[Chile] Chamada para ação e propaganda 15 anos após a morte do companheiro anarquista Mauricio Morales.

Antes de dormir, abraço o caos como uma ideia que liberta meu corpo e minha mente porque, no final, ele me faz sentir vivo. Não quero a busca pelo graal que emana a liberdade nas sociedades futuras. Meus dedos buscam o voo sangrento da destruição das correntes do fogo rítmico, do fogo próximo do poder e de seus amos. E minhas ações quando durmo são direcionadas para que amanhã, quando eu acordar, eu rompa com a rotina e a ação individual com meu peito como uma pedra inchada pela destruição desta e de qualquer sociedade. Faça-me um favor: faça com que a anarquia viva.” – Punki Mauri

Na madrugada de 22 de maio de 2009, o companheiro anarquista Mauricio Morales, Punki Mauri, encontrou sua morte após a detonação prematura do dispositivo explosivo que ele pretendia instalar na Escola da Gendarmaria, no bairro de Matta, em Santiago.

Quinze anos se passaram desde sua morte em ação e continuamos a persistir em sua memória, lembrando sua vida como guerreiro, espalhando a anarquia de várias maneiras e reivindicando a violência política insurrecional que ainda está viva, que se manifesta na proliferação de ideias e ações com força e intensidade variadas, mas sempre vivas.

Este chamado convida para um mês de memória negra, propaganda e ação, para a concretização de gestos públicos e anônimos, sem meias palavras, que a imaginação voe, que sintamos o sangue nas veias, que o coração bata de emoção quando nos lembramos dos nossos.

A anarquia é perigosa e, para mantê-la assim, devemos dotá-la, fortalecê-la dia a dia, com discussão, retroalimentação, com propaganda contagiante e ação violenta, cada um decide como colocar em prática as ideias que propaga, a questão é fazer, sem líderes ou chefes, sem hierarquias, em autonomia.

Esta humilde contribuição busca ser mais uma contribuição para a ampliação da memória de um companheiro, posicionando-se desde a vereda do conflito anárquico contra a ordem, a lei, o poder e toda autoridade.

POR UM MAIO NEGRO!

PELA EXPANSÃO DO CAOS E DA  ANARQUIA!

MAURICIO MORALES PRESENTE!

Individualidades anárquicas

Abril de 2024

Fonte: Buskando La Kalle

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agência de notícias anarquistas-ana

Escalo a colina
cheio de melancolia –
Ah, roseira-brava.

Yosa Buson

Homenagem às duas últimas pessoas fuziladas pelo regime de Franco no País Basco

Nos próximos dias, vários eventos memoriais serão realizados em memória de Diego “Amador” Franco Cazorla e Antonio López Fanlo, as duas últimas pessoas a serem fuziladas pelo regime de Franco no País Basco.

Os atos ocorrerão em 12 de abril (sexta-feira) e 14 de abril (domingo), ambos em Donostia.

Em 21 de abril, serão 77 anos desde que Diego (“Amador”) Franco Cazorla e Antonio López Fanlo foram executados por um pelotão de fuzilamento em Donostia. Até onde se sabe hoje, eles são as duas últimas pessoas a serem fuziladas em Euskal Herriak, com todo o significado simbólico que isso implica. A CNT vem trabalhando no caso, e o sindicato decidiu realizar um ato cívico de homenagem aos dois companheiros e, por extensão, a todos os reprimidos pelo fascismo.

Nesta sexta-feira, 12 de abril, às 18 horas, sairemos da livraria Kaxilda, em Donostia, para uma visita guiada à Amara de 1936. Ela será conduzida por um companheiro que está liderando a iniciativa (Dinamita Tour). Às 18h30, haverá uma conferência na mesma livraria Kaxilda, falando sobre essas duas execuções e também sobre o tratamento que receberam das políticas públicas de memória histórica.

No domingo, 14 de abril, às 17h30, será realizado um ato cívico de homenagem aos companheiros no local onde foram fuzilados (atual Parque Salvador Allende), no bairro de Bidebieta (Donostia).

cnt-sindikatua.org

agência de notícias anarquistas-ana

Sentada no jardim
Vejo um bichinho.
Lá vem a joaninha

Tainá Gomes do Nascimento